Perante factos indesmentíveis, indesculpáveis e indesejados nas últimas horas, impõe-se à tutela Ordem, Justiça, determinação, mas também ponderação para que o desafio, afrontamento e rebeldia de um punhado de mercenários, dissociados da realidade, não provoquem danos colaterais.
Não são muitos, estão perdidos no desespero da realidade imperdoável, pouco representam para além deles mesmos, devem ser imediatamente neutralizados porque são uma ameaça irreversível ao Estado de Direito democrático.
ACJ, Chivukuvuku, Apolo, Numa, Caholo, Dali, Gangsta, Gato, Manuvakola, Dachala, Paiva, Dembo, Ékuikui, são elos de uma corrente externa do terrorismo internacional travestido de várias formas, corruptos, saqueadores, fraudulentos, separatistas, sabotadores económicos, ícones do capitalismo selvagem, que se embriagam com o sangue, suor e lágrimas de gente inocente, e tentam vergar os Estados derrrubando governos, e são assim, não mudam, não se lhes pode dar espaço nem confiança.
Depois do historial dos últimos dois anos, sim, nada começou agora, mobilizar manifestações pacíficas é cúmulo da tragédia anunciada, esta prioridade da rua em vez do debate no Parlamento, nada mais é que a contínua desvalorização das instituições.
De estranhar, espantoso, é o silêncio do Presidente da República e Primeiro Ministro de Portugal, imediatamente apresentaram condolências ao Povo inglês pela morte da Rainha, e nem uma palavra de felicitações ao Presidente eleito de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço e ao Partido ganhador, o MPLA.
Impõe-se que a Justiça de Angola aja e reaja apenas, há um atentado à normalidade Pública, há agressões mediáticas que ultrapassaram todos os limites deontológicos e da decência, a Lei pode ser didática e pedagógica num país maioritariamente jovem, o SOVISMO tornou-se um antro de impunidade que é, cada vez mais, um tumor maligno que pode degenerar num fanatismo fatal.
Cabe ao PGR, como símbolo do Poder Público, não permitir a afronta às decisões de tribunais de última instância, e pôr cobro aos apelos sucessivos de apelos a intervenções que beliscam a integridade e dignidade de Angola, enquanto Estado livre, democrático e independente. E esta intervenção tem de ser pública, porque é público e crime continuado.