O Tribunal Supremo do Quénia determinou, por unanimidade, a vitória de William Ruto nas eleições presidenciais num julgamento contundente colocando de parte qualquer tipo de acusação de fraude.
O opositor, Odinga logo a seguir à tomada de decisão sublinhou nas redes sociais que respeitaria a decisão, mesmo que discordasse dela, aliviando desta forma qualquer receio de escalada de violência.
Várias figuras públicas e activistas – incluindo alguns que apoiaram Odinga – acataram a decisão judicial afirmando que a reputação e independência do tribunal saiu reforçada.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, já deu os parabéns a Ruto pela sua vitória nas eleições e afirmou que Washington elogiou todos os candidatos por terem cumprido a decisão do Tribunal Supremo. “Estamos ansiosos para aprimorar [nossa] parceria com o presidente Ruto e o seu novo governo”, disse Blinken em comunicado.
A juíza Martha Koome, que lidera o Tribunal de sete membros, não deixou ambiguidade sobre a posição do tribunal em relação aos principais argumentos trazidos pela equipa de Odinga e outros queixosos.
“Alguns dos registos (do computador) apresentados como evidência … eram registos decorrentes das eleições de 2017 ou eram falsificações diretas”, disse a juíza.
Koome levantou a possibilidade de perjúrio, observando que duas pessoas que apresentaram depoimentos supostamente em nome dos agentes de assembleias de votação não tinham falado com os agentes.
“Jurar falsidades é uma ofensa criminal”, disse ela.
O Quénia com todos os burburinhos feitos à volta das suas eleições seguiu as vias legais, e encontrou o seu caminho para que o país possa ser governado em paz e democracia.
A oposição respeitou e legitimou as decisões judiciais. Esperemos que a Unita ganhe sensatez e tome como exemplo as eleições do Quénia, respeitando as decisões proferidas pelo Tribunal Constitucional.