Conexões e dependências

ByKuma

31 de Agosto, 2022

O sectarismo escandaloso e indisfarçável dos jornalistas portugueses avençados em prol de ACJ “Bétinho Decadente”, além de vergonhoso e insultuoso, é a expressão máxima de uma alienação e dependência nojenta de uma fatia político mediática de recursos de sobrevivência oriundos de Angola, e estancados pela política de probidade encetada por João Lourenço no seu consulado.

Este ruído permanente e inalterado, mesmo perante evidências, tem como objectivo primeiro promover a UNITA/FPU para recuperar Isabel dos Santos, a grande financiadora e promotora de parasitas jornaleiros, cuja garantia de emprego reside na promoção pessoal da empresária idolatrada. e que agora vê com os seus aliados, ruir a esperança de uma mudança em Angola, que lhe facultasse perdão e a integrasse no saque e o perspectivado retorno ao saque do Orçamento.

Esta conexão, dependências, sectarismo serviçal, promove e alimenta empresas de comunicação social sem viabilidade económica, assente num jornalismo de mendicância, onde proliferam profissionais de desinformação ignorantes, nefelibatas, néscios, cujas virtudes são obediência cega aos mandantes.

Foram eles, são eles que a troco do salário promoveram as manas Isabel e Tchizé dos Santos a empresárias de sucesso com fundos extorquidos de uma Nação que se libertou com João Lourenço ao leme, e que vêm na derrota da UNITA/FPU o futuro sombrio, e o fim avassalador de um empreendedorismo de fachada que se exibia em luxos que tiveram o seu fim.

Mas há outra face que se revelou na perspectiva da vitória da UNITA/FPU de ACJ/CHhivukuvuku, uma fatia de neocolonialistas saudosistas de um paternalismo presunçoso de superioridade, é transversal, vai do patético e imbecil Luís Fazenda do Bloco de Esquerda, aos oportunistas Marques Mendes do PSD e Paulo Portas do CDS/PP, são resquícios de uma pseudo elite podre, residual, sustentada por esses mesmos jornalistas que flutuam na imensidão da vacuidade a troco de um prato de lentilhas. 

Iremos ter ainda por algum tempo o eco desta servidão voluntária, vão arrastando-se pela contra informação, vão encenando fantasmas, até que o tempo, a verdade e a razão os cubra de vergonha, mas esse é o preço a pagar pela liberdade e pela democracia, deixar perder-se no esquecimento que pela sua irrelevância espera-os a indiferença fatal.

O dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues, no auge da luta política contra a ditadura militar, escreveu para a peça de Juca Chaves “Ninguém Segura Esse Nariz”. Relendo em busca de companhia silenciosa, vi na personagem Geni o destino de Tchizé dos Santos, e cito:

“Qual a diferença entre a mulher e a locomotiva? A locomotiva descarrila e pára, a mulher descarrila e nunca mais pára”.