Embora estejamos ainda importunados pelos malabaristas de rua, vivendo e vendendo ilusões, o sério encerrou a cortina em apoteose com grandes aplausos.
Nunca houve em África um pleito eleitoral tão mediatizado, a rara liberdade no Continente permitiu açoites, agressões, insultos, e até um afrontamento às instituições, foram actos marcantes que ficaram com quem os praticou, e pelo visto pouco valeu, como nada irá valer a insistente e irritante recusa da derrota dos aflitos comprometidos.
Grande aplauso para o Povo angolano, ordeiro e determinado, maduro e institucionalista, cumprir o dever cívico e o direito de cidadania exemplarmente, dando uma lição de estabilidade a toda a África, e uma lição de democracia a todos os apelantes para a desobediência.
Aplauso efusivo para João Lourenço e o MPLA pela reconquista da confiança de uma Nação, algo único com maioria absoluta, depois da crise petrolífera, da pandemia do COVID-19, da guerra e consequentes efeitos na economia.
Esta idade adulta da democracia angolana foi visível nas imagens que percorreram o mundo, no dia seguinte o país regressou à normalidade, só mesmo a UNITA/FPU e o defunto político ACJ destoaram a normalidade, o critério de dualidade da narrativa é atentatória à estabilidade interna, mas é necessária para justificar o fracasso aos mandantes externos, será mesmo curioso observar o comportamento das manas corruptas à resposta dada pelo Povo que ignorou os apelos e definitivamente as ostracizou.
É feio, muito feio, a forma como nas últimas horas a UNITA/FPU tem gerido os resultados, a invasão de incitamentos lançados pelas redes sociais repletas de insinuações maldosas, são mau presságio, é o ensaio que deriva da vitória em Luanda e catapultá-la para a rua, mesmo de madrugada anunciavam a posse de ACJ na presidência, uma vergonha que caracteriza o ADN do Galo Negro, e é pena, a democracia e o Estado de Direito não se compadecem com aventureirismos.
Acompanhamos com tristeza nas últimas horas o ressurgimento da ala belicista da UNITA/FPU, é incontornável o vício enraizado da violência dos insurretos do costume, chega a ser revoltante a forma e a postura destes primatas que mancham a honra de um Povo que decidiu em consciência o seu futuro.
A democracia dá-nos respostas silenciosas, tem segredos ensurdecedores, esculpe-nos desenhos vivos na escuridão do pensamento, e esta maioria absoluta foi um aviso e uma oportunidade de o MPLA protagonizar algumas mudanças nos próximos 5 anos, e foi também um aviso à Oposição que já não é aceitável um regresso ao passado, é um momento para refletir, e com certeza esta postura seja já um mau começo para o amanhã que ontem começou.
Virada a página política eleitoral, cabe-nos a todos fazer por Angola o que queremos que ela seja, e as prioridades são Desenvolvimento, Produtividade, Emprego, Salário, e contribuir para as grandes conquistas sociais, saúde, educação, e apoios materno-infantil e terceira idade.
Viva Angola. Viva João Lourenço.