Com o silêncio que lhe é peculiar, com determinação sem alarido, assumindo uma postura de estadista, o Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço, conferiu, ou tentou conferir, dignidade de Estado ao malogrado ex-presidente José Eduardo dos Santos. Tem sido apanágio do seu consulado, a discrição na defesa da dignidade do Estado, pese embora os desafios que lhe têm sido colocados com acusações insultuosas, tentativas de achincalhamento, numa campanha insidiosa patrocinada por uma seita que contamina e contagia a Sociedade, com mentiras e colagens que repetidamente denigrem a sua honorabilidade pessoal.
Um homem que governou um país durante quatro décadas, bem ou mal, é uma figura incontornável da história do MPLA e de Angola, não podem os filhos, em minoria, aproveitarem-se com ruído e postura insana, descontrolada, procurarem protagonismo político em que, tendenciosamente, revelam cumplicidade com quem lhes promete impunidade em véspera de eleições.
Se o Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço, ignorasse e seguisse os desejos diversos de familiares e apaniguados de JES, haveria quem viesse para a rua condenar a indiferença e a frieza do Chefe de Estado, mas para desilusão de quem tinha as facas longas afiadas, perante o país e a história temos o Estado a assumir o seu papel, que racionalmente qualquer família desejaria para um ente querido ilustre.
Notam-se cumplicidades silenciosas, inquisidores, ressabiados, não é momento para nomes, mas não passa despercebida a grande vitória de João Lourenço, há liberdade democrática para que publicamente se expressem sentimentos, há liberdade de opinião, há espaço público para exteriorizar sentimentos, isto é Democracia embora muitos não a entendam.
Há curso legal que não se compadece com a intriga, com a calúnia, mesmo em momentos de grande dor há limites, há quem os ultrapasse, a magistratura da Presidência da República tem de ser respeitada, Angola não morreu, há milhões de cidadãos angolanos que não herdaram nem saquearam milhões do erário público, há um país que não se imobiliza porque alguém do seu conforto sumptuoso sustenta instabilidade para poder reinar e ser notada na sua insignificância.