ACJ “Bétinho” é o relógio infalível da UNITA, repete-se constantemente, é fluido na mentira, e perigosamente vaidoso na intriga, na insinuação, e na dependência. Crê-se sedutor com aquele ar de mulato superior, desafia a normalidade e procura a excecionalidade com requinte de subversão, pensa legitimar-se com aplausos de oportunistas ressabiados alienados, e afronta o normal funcionamento das instituições do Estado outorgadas pela vontade popular expressa livremente em Democracia.
Desse mesmo Voto popular, democrático, a UNITA nunca rejeitou nenhum lugar eleito nem recusou as benesses que o Poder lhes faculta, não por acaso, as proeminentes figuras do Galo Negro acotovelaram-se em Luanda, e digladiam-se pela casa, carro, salários, viagens, e impunidade para cobrir paradigmas de clandestinidade e subversão persistentes na conduta de cidadania da seita da oligarquia déspota familiar.
O discurso já gasto, cansado, saturante, intolerável, é consequente com a dependência externa que alimenta o circo do SOVISMO, a cobrança dos financiadores intensifica-se, dissipa-se o élan carnavalesco, e a realidade exige clareza, Abel “Totozinho” Chivukuvuku afasta-se ou é afastado, a FPU virou nado morto, e Chiwale aperta o cerco nas bases com Kamalata “Idiota” Numa, e decididamente abre caminho perante a perspetiva de derrota, para o filho Adriano “Vedeta” Sapiñala, atacar a liderança em futuro Congresso.
O eterno derrotado interno da vontade dos militantes da UNITA, Lukamba “Miau” Gato, está a perder a auréola de inquisidor-mor, já ninguém tem medo, mas a pressão leva-o a ser incapaz de fechar a Lista de candidatos ao Parlamento, dissidentes da UNITA e ressabiados ostracizados do MPLA ganharam espaço e são privilegiados na conjuntura, mas teme-se a reação à sua publicação.
Claro que para Lukamba “Miau” Gato, o autointitulado general da sanzala, todo este cenário é um pormenor, e acredita unicamente da via da Convulsão Social como forma de atingir o Poder que tanto almeja. A questão dos observadores é um “fait divers” para ganhar tempo e preencher a agenda face ao ganho de popularidade de João Lourenço e do MPLA, a revelação de João Lourenço como estadista na cena internacional, foi uma machadada na Oposição que contraria todos os prognósticos.
Talvez João Lourenço tenha encarnado a esperança que existe em cada alma angolana, para mostrar ao mundo o quanto se olha sem ver, o quanto parece conhecermos sem saber, o quanto somos insensíveis ao que está para lá da superfície, a resposta para quem subestimou o Presidente da República, está na dignidade que restituiu à cidadania angolana.