Aos fantoches tiramos-lhes as máscaras, despimos-lhes as vestes folclóricas que ornamentam o disfarce, para com serenidade encontrarmos a sua verdadeira identidade. No espelho da realidade está uma face envergonhada dos sucessivos falhanços, uma boca fechada com a língua gasta de tanto disparate e mentiras apregoadas, e um semblante carregado pelos compromissos assumidos não cumpridos, e um somatório de promessas que assustam no pesadelo em que está mergulhado.
Pode até ser perseguição mas este á o retrato pintado de ACJ “Bétinho”, que cada vez mais sozinho no seu trono no SOVISMO, encetou agora por escrito a tentativa verbal falhada de procurar um espaço sem lei, sem regras, que não balize os limites da democracia, onde exista uma limitada liberdade de expressão, e onde haja impunidade a quem viola o Estado de Direito.
O imbecil enlouquecido pelo isolamento cada vez mais denso, veio a público mostrar desconforto pelo seu quase anonimato na comunicação social pública e privada, próprio dos tiranos que secam tudo à sua volta e se abstraem da realidade, perdidos nas suas próprias contradições. Os critérios jornalísticos regem-se pela capacidade de informar, opinar, com definições deontológicas que lhes conferem direitos e obrigações, sempre com a salvaguarda do interesse público e pelo respeito pessoal da dignidade humana.
Acontece que o líder da oposição política em democracia, é um alvo do escrutínio constante, cabe a ele pessoalmente e à sua equipa zelar pela identidade do que representam, o relevante que absorve a atenção do jornalista é um critério subjetivo e é na diferença que habita a força da comunicação, mas mesmo essa escolha obedece a exigências rigorosas.
Afinal que UNITA devemos proclamar publicamente? A de ACJ “Bétinho”? A de Lukamba “Miau” Gato”? A da oligarquia déspota familiar? Ou a UNITA dos novos marimbondos que já compram apartamentos de condomínios de luxo em Lisboa com fundos do Partido?
Em termos de relevo eleitoral é a UNITA o protagonista habitual ou é a proclamada FPU? É a UNITA belicista ou a clandestina que outorgou publicamente uma coligação com um Partido inexistente? É uma UNITA com ou sem ACJ “Bétinho”, com uma nova liderança que possa emergir da atual e evidente fragmentação?
Este é o drama insanável que deriva do ADN do Galo Negro, a intriga, a inveja, a calúnia, o ódio, os sectarismos internos que minam a credibilidade política de uma seita que se atropela em derrotas sucessivas, e não aprende, não muda, porque não tem identidade, cola-se ao oportunismo ocasional subversivo, que colide com a transparência, frontalidade, rigor e liberdade de uma Sociedade Livre.
Os capatazes de Jonas Malheiro Savimbi, na sua vacuidade política e intelectual, promovidos a generais como no Triunfo dos Porcos de George Orwell, quase todos eles acasalados com Matildes aspirantes a Primeiras-Damas, são um circo em extinção, talvez nesse dia, que já devia ter acontecido, os jornais, rádios e televisões de todo país, públicos e privados ocupem as suas primeiras páginas e aberturas de telejornais, com o fim da capoeira reduzida a escombros pelo seu próprio veneno.