Guerra Santa

ByKuma

10 de Fevereiro, 2022

O Islamismo avançou na Costa Ocidental de África até à RDC. Tem bases fundamentalistas na Nigéria, no Mali, e na Guiné-Bissau.

O Daesh sedeado no Iémen, tomou conta do Sudão e já está no Norte de Moçambique, não dá tréguas no avanço e não faltam fundos para investimento.

O Magrebe está todo islamizado e controla o mediterrâneo sul até ao Bósforo, na Turquia.

A Europa rica e desenvolvida, culta e com índices de desenvolvimento cimeiros no mundo, é toda ela Protestante, e Cristo vai do catolicismo de Roma até aos Ortodoxos de várias tendências.

Se é verdade que na Ásia as Filipinas são uma Nação católica, tem na vizinhança a Indonésia que é só o maior País muçulmano do mundo.

Na América do Sul sabemos quanto a Igreja Católica domina, já teve membros do clero em Guerras Civis, e é a região do globo de maiores desequilíbrios estruturais nas sociedades, pese embora quase duas centenas de anos de independências.

Compreende-se claramente a agitação da Igreja Católica em Angola e a sua ambição de controlo absoluto, a aposta em ACJ, sacerdote sem batina, é vital para controlar o Estado e fechar-se dentro dela própria, tendo como aliados preferenciais os especuladores agiotas sem pátria, onde Isabel dos Santos se instalou ao longo dos anos, e de onde parece ressuscitar.

As igrejas são um fenómeno comercial de peso, tem gente estudada e especializada que vai da caridade à exploração, em Angola são altos consumidores de divisas, branqueamento de capitais, e contribuem para a inflação do mercado paralelo no país.

Os círculos habituais dos sanguessugas em Portugal já se agita na expectativa de ter o compatriota no Poder, e Isabel dos Santos de volta, são os abutres em opíparos repastos preparam o assalto, até Fátima Roque despertou da ressaca da falência do BANIF e já fala em metas para Angola.

Está claro, é um facto consumado, que a UNITA, ACJ e FPU não aceitam outro resultado que não seja a vitória eleitoral, de armas e bagagens prepara terreno para a insurreição, já se disputam lugares, é um desfile de vaidades e arrogância, é uma bola de neve que se agiganta e que pode perder o controlo.

Já não é só as eleições que estão em causa, é o Regime fragilizado da herança, o Sistema inquinado que se enraizou no tempo, urge uma mudança de mentalidades e de posturas em nome da Democracia, e o Estado tem de descobrir forças para impor a normalidade, que leva tempo, mas a qual o desenvolvimento, em todas as suas vertentes, estará irremediavelmente comprometido.