Astúcia e hipocrisia

ByKuma

9 de Fevereiro, 2022

A máscara de cada um não conseguiu esconder o objectivo de arcebispos, bispos e sacerdotes na sua cruzada monopolista evangelizadora do Estado, dos cidadãos e de todos os poderes, enfim recuperar o domínio de 500 anos ao serviço do Papa e da capitalista Igreja Católica.

Sem sofismas condenaram o governo, invocaram direitos, como sociedade secreta e colegial hermética, falaram em democracia, e nas entrelinhas nunca ocultaram os seus intentos.

Invocaram o governo colonial como financiador das suas obras, mas não a obediência estrita para com a persistente colonização desde a escravatura.

Falaram sobre países ricos e desenvolvidos, mas atingiram esse desiderato pela desobediência a Roma e ao Papa, foi Martinho Lutero que recusou o materialismo católico e criou os protestantismos e aplicou a filosofia da criação de riqueza, com moral, ética, transparência, mas os católicos perpetuaram no tempo o reino dos pobres e a imoralidade superior travestida de celibato, num mundo cheio de afilhados perdoados pela Hóstia e Água Benta.

No fundo, vieram a público pedir o que Adalberto Costa Júnior lhes garante, uma fatia generosa do Orçamento de Estado para financiar a doutrina nos lugares mais recônditos que, imaginem, só eles sabem lá ir para demarcarem a coutada.

Também querem o Estado de Emergência, claro que é abrir uma porta às ONG’s católicas para entrar livremente no terreno com fundos internacionais que tanto interessa ao Vaticano, ajudas cada vez mais recusadas internacionalmente.

Sobre uma campanha da igreja em prol das crianças carentes e das vítimas da seca prolongada no Cunene, nem uma palavra, a preocupação é a Comissão Nacional Eleitoral. Estes representantes da igreja católica, são os mesmos que aos domingos, na igreja da Sagrada Família, perdoavam em comunhão os marimbondos do saque, a esmola era grande e o silêncio valia ouro, não faltavam flores perfumadas das madames que disputavam toilettes e perucas importadas com o dinheiro que sonegaram das crianças angolanas.

Definitivamente os arcebispos, bispos e sacerdotes, abriram as hostilidades pré-eleitorais, são parte na diversidade política, lançaram a Democracia Cristã que ACJ vai desfraldar daqui para a frente, é um casamento antigo que vem do seminário, em estrita obediência à hierarquia da Igreja, que implicaria em Angola um governo Teocrático.

Adeus Liberdade…!!!