Sentado, frente à bela baía da nossa capital, não queria acreditar no que os meus olhos mostravam nas redes sociais: o horror! A calma da tarde entrara em erupção destrutiva com a visita de Adalberto ao Muro das Lamentações. Robots, assalariados e imbecis úteis entravam em histeria ao ver o seu falso ídolo numa foto sem quipá, o máximo desrespeito a Israel, a fazer supostos pedidos no Muro. Não sei o que foi pior. Se esta idolatria comprada a Adalberto, se o linchamento público que se seguiu a Tânia de Carvalho.
Uma coisa é certa. Adalberto quer tomar o poder através da histeria e do fanatismo. Quer lançar a maior das confusões e aparecer como um ditador de um estado teocrático, possivelmente imitando xeques distantes. No fundo, a história já viu muitas destas tentativas de tomada de poder assentes em multidões fanatizadas e histéricas.
A última foi a tentativa de Trump em subverter o resultado das eleições americanas que perdeu, não reconhecendo os seus resultados e incitando uma turba de tarados a tomar o parlamento e fazer reféns os principais líderes constitucionais americanos. Adalberto está a ensaiar o mesmo cenário de Trump. Fanatiza, perde e invade.
OS CÚMPLICES
Estranha que intelectuais e jornalistas inteligentes como Graça Campos, Sousa Jamba e outros alinhem e amplifiquem este plano diabólico. Não podem dizer que não sabiam. São cúmplices. Se Adalberto for a julgamento por estes actos subversivos, eles não podem alegar que cumpriam ordens ou desconheciam.
O caminho de Adalberto é do fanatismo, da histeria, do derrube constitucional, da violência, da brutalidade, que já esfola nas redes sociais e certamente avançará mais na realidade rumo a um confronto.