Mais um sucesso económico do governo

ByTribuna

6 de Fevereiro, 2022

Desta vez a boa nova veio da agência de notação financeira Standard & Poors (S&P) que melhorou o rating de Angola para B– e que prevê que a economia do país já saiu da recessão no ano passado, ao crescer 0,2 %. As estimativas para este ano também são bastante positivas, pois prevê-se uma aceleração da economia em 2,3 %.

A justificação para tal subida no rating são expostas pela S&P numa nota enviada à imprensa, destacando que “o programa de reformas do Governo, os preços mais altos do petróleo, e o alívio da dívida de alguns credores oficiais estão a reduzir os riscos imediatos de liquidez; antevemos que a recuperação económica e uma depreciação da moeda menor que entre 2018 e 2020 sustentem um declínio continuado no nível da dívida, por isso melhorámos o ‘rating’ de Angola de CCC+ para B-“.

Esta notícia consubstancia a melhoria da situação económica de Angola, uma vez que há uma semana, a Fitch Ratings já tinha elevado a opinião sobre a qualidade do crédito angolano e tinha também subido a avaliação sobre o Banco Angolano de Investimento.

A S&P sublinha também o facto de o país ir beneficiar finalmente do abrandamento da pandemia.  “À medida que a pandemia de Covid-19 diminui, o país está a ver os ganhos das reformas difíceis implantadas nos últimos anos e ao abrigo do programa com o Fundo Monetário Internacional entre 2018 e 2021, incluindo a liberalização da taxa de câmbio, a introdução do IVA e a racionalização da despesa”, reitera a agência na sua nota. 

Além disso, a agência projecta que a dívida pública caiu bruscamente para 75 % do PIB no ano passado, baixando mais de 25 pontos em relação a 2020.  Para que tal situação tenha acontecido, em muito contribuiu a apreciação da moeda em 18 % no final do ano passado face ao período homólogo, para além de uma subida substancial no PIB nominal. Em conclusão, estes progressos, segundo os analistas, “reverte(m) uma boa parte da subida de 67 pontos percentuais registada no nível da dívida entre 2017 e 2020 que foi motivada, em grande parte, pela depreciação de quase 75% da moeda”.

Ao contrário do que alguns arautos da desgraça têm “papagueado”, o governo tem tomado as medidas possíveis e necessárias e continua na senda do bom caminho, apesar dos muitos desafios que têm surgido.