Uma semana após a realização do pleito eleitoral em terras lusas, caiu-nos aqui, em Viana, uma bomba, que pode ser mais letal do que as que os yankees lançaram sobre Hiroshima e Nagasaki no fim da II Guerra Mundial.
Lamentavelmente, num dia em que celebramos o patriotismo angolano, tenho de cumprir a trucidante tarefa de reportar aos meus maninhos que o Presidente da UNITA não é apenas um resquício dos pretos assimilados, amigos dos colonos e eficientes detractores dos compatriotas, mas é tão submisso e fiel à Coroa Portuguesa quanto os que, em troca de rótulos como “BOM PRETO” ou “UM PRETO DE CASA E LIMPO” vendiam até os progenitores à PIDE-DGS.
A nossa liderança actual é mais patética do que se imagina. Se – sobre Savimbi – pairava o espectro do complexo, do misticismo e da prepotência – Sobre a figura de ACJ, a mentira, o ardil e o egoísmo crónico enraizaram-se e lá se mantêm indeléveis.
As viagens suspeitas ao exterior e nada baratas, pagas com as quotas dos indigentes militantes que compram as suas fantabulásticas promessas, pariram mais um problema.
Desta vez, o nado dá conta de que o oficial e alegadamente ex-português rumou para Lisboa a fim de despachar assuntos do interesse do partido, todavia este discurso não passou de uma manobra de distração para que Adalberto Costa Júnior exercesse o mais nobre direito que a “ALEGADAMENTE RENUNCIADA” cidadania portuguesa lhe confere, o DIREITO AO VOTO.
É isto mesmo! ACJ retornou à terrinha para votar e em quem nós sabemos bem! Naquele cuja mãe apoia e até financia as luxúrias adalbertianas.
Assistimos indiferentes ao sequestro de uma instituição histórica como a UNITA, ante ao silêncio dos órgãos de justiça angolanos, a quem lanço o repto, pois, já não se trata de uma querela partidária, mas de um assunto de interesse e de segurança nacional, pois, a UNITA é um veículo legítimo por que os usurpadores e ACJ podem assumir o poder e a liderança nacional, o que implicaria a restituição do Estado Novo.