O ignóbil viajante

ByKuma

16 de Janeiro, 2022

Tomado pela infâmia e contradições desprezíveis, Adalberto Costa Júnior e seus mais próximos, viajou para a capital colonial em busca de espaço para a sua estratégia de confronto permanente, servindo-se da liberdade democrática e da benevolência das autoridades angolanas, que em defesa da estabilidade perenemente ameaçada, permitem esta livre circulação em clara afronta ao Estado de Direito de Angola.

Em Lisboa comprou acesso a um canal televisivo e tentou em vão, encontros oficiais que lhe conferissem credibilidade, mas a estadia resumiu-se ao encontro com amigos habituais, e nem sequer reuniu com a Comunidade angolana ou com empresários investidores, é apenas propaganda.

Vai a Roma visitar amigos e às compras a Paris, de encontros oficiais solicitados, conseguiu com almoços e jantares pagos, reuniões com associações de amizade com Angola, parceiros antigos pagos com diamantes. De Bruxelas as recusas das autoridades nacionais e europeias, pode mesmo levar ao cancelamento da viagem e antecipar o regresso a Luanda.

Para quem teme a ditadura do MPLA e o totalitarismo do Governo além do controlo total do Presidente da República, é estranho um líder da Oposição em clara afronta insultuosa, que passa o tempo a denegrir as Instituições, passear-se livremente verborrendo falta de democracia quando vai ao exterior falar mal e colocar em causa a governabilidade do país. 

Também o cidadão Barceló de Carvalho, cantor angolano BONGA, habitual cliente dos dólares da Jamba, vai interpretar um hino de campanha da UNITA, este catavento bipolar intelectualmente débil, é ideologicamente vulnerável a envelopes recheados.  

Mas há também a parte oculta da viagem, as noites longas de luxúria onde financiadores apostam nas arruaças e na terra sem lei. ACJ vai a todas, russos e sul africanos de Extrema Direita racista e conflituosa, dão alento à UNITA/FPU para o uso da força popular, e pelo visto não faltam fundos para investimento na subversão.

Vamos assistir nas próximas semanas a uma intensa campanha de intoxicação, a UNITA vai assumir-se à juventude como baluarte da Democracia, vão aparecer os filhos dos donos do Galo Negro, como Chiwale, Manuvakola, Lukamba Gato, Mulato, Dachala, Chilingutila, Savimbi, formados em Paris, Lisboa e África do Sul, como estudantes formados na Jamba, uma mentira pegada.

Angola continua a ser um palco apetecível a interesses especulativos, os esquemas da UNITA e de ACJ tornam a oportunidade viável, são inimigos sem rosto mas poderosos, movem-se subterraneamente e instalam o caos num ápice, ACJ é um ex-seminarista traumatizado em busca de protagonismo a qualquer preço, ele é uma escolha da UNITA e dos seus eternos mandantes, dividiu a sua liderança com a rua, e o descontrolo é habitual em cenários eleitorais, os problemas de Angola não se resolvem em Lisboa, Roma ou Paris, a solução está em Luanda no respeito pelas regras balizadas na Constituição da República.