Moco não consegue esconder o azedume em que vive. O seu texto de Natal é exemplo duma agrura permanente que não permite que a sua mente saia do torcicolo em que se encontra.
Em vez de desejar um Feliz Natal a todos, enrodilha-se, entre erros de português (escreve-se “inócuas” e não “inóquas”) e falhas de raciocínio, em ataques ao Presidente da República, ao poder judicial e a tudo em geral que funciona em Angola.
Sobre a visita de JLo a JES, Moco não vê o óbvio, a cortesia e fraternidade humana e natalícia subjacente à acção, quaisquer que sejam as interpretações políticas.
Inopinadamente, dedica-se a vergastar a injustiça do acórdão que condenou o filho de JES. Como se tal condenação fosse uma monstruosidade! A realidade, é que os comentadores se surpreenderam pela leveza do acórdão face a Filomeno dos Santos. Tendo-se comprovado que era o “cérebro” de uma operação de desvio de 500 milhões de dólares, denunciada pelas autoridades inglesas, não por qualquer mal-intencionado poder judicial angolano, o certo é que a pena de Filomeno é tudo menos pesada.
Não se percebe o raciocínio desta gente, que agora quer absolver Filomeno, Tchizé e outros. Pelos vistos, os do “passado” têm licença para roubar à vontade.
Moco coloca-se ao lado dos corruptos e daqueles que dilapidaram o tesouro angolano.
Como se não bastassem as provas da aliança de Moco com os corruptos angolanos, ele acrescenta mais elementos ao vir defender o homem do lacinho, que com aquela face bolachuda quer convencer o povo que ganhou legitimamente 900 milhões de dólares. Então, por ser genro do antigo presidente e fundador Agostinho Neto- com quem aliás nunca privou- o tal homem do lacinho também pode roubar à vontade?
O raciocínio de Moco é tão simplista que merece ser bem sublinhado. Todos os familiares dos antigos Presidentes têm um direito natural à roubalheira. Usem lacinhos ou gravatas francesas de seda, são protegidos do Moco e podem desviar fundos à vontade, pois encontrarão sempre um defensor árduo nas palavras deste jurista equivocado.
Não tenham dúvidas, por trás dos pensamentos de Moco está apenas a frustração de não ter sido Chefe de Estado e um ódio irracional ao actual Presidente por ocupar o lugar que Moco acharia que era para ele. Tudo vale para atacar JLo, até a defesa da bandidagem que afundou Angola.