Nada de novo no grupo dos oportunistas agressores de Angola, João Soares lidera um grupo transversal a todos os quadrantes políticos que sempre viveram na ambiguidade, entre o escândalo e o oportunismo, entre os negócios e a política, entre o marxismo de ocasião e beija-mão à CIA, próprio dos dependentes parasitas em busca de protagonismo.
Mário Soares foi uma seta apontada da CIA nos PALOP’s, juntou a Jonas Savimbi e à UNITA a sua dependência americana (via Frank Carlucci), e a exploração dos recursos que alimentavam o Galo Negro que encheram os bolsos ao Clã Soares e ao BANIF de Horácio Roque.
A teta da UNITA era tão abundante que deu para ramificar, do CDS de Manuel Monteiro a intrusos do PSD todos se baquetearam à mesa de uma Jamba simpática com portas abertas em Lisboa e Paris de Mitterand.
Mário Soares foi sempre árbitro e jogador numa contenda de Angola que não conhecia, João Soares pegou na herança do pai e tenta continuar a agressão estupidamente errada, a UNITA é a expressão máxima do anti portuguesismo em Angola, só mesmo uma teia hedionda e subversiva trilha desiderato tão perverso suscetível de irritante diplomático imediato.
Nas suas abordagens recentes vocifera contra os Poderes democraticamente eleitos em Angola, é insultuoso à dignidade dos eleitos, e afrontador da honorabilidade dos eleitores.
João Soares tomou as dores de ACJ, não é novidade, são cúmplices da cabala estratégica de assalto ao Poder, fazem parte do anedotário político, tem o peso que tem, são homens cuja simbiose é o falhanço, o narcisismo, e o culto de ostentarem mais do que aquilo que são.
As agressões a Angola também não são novas, pela mão de Mário Soares a RTP viajou através de José Manuel Barata Feio e Artur Albarran, com a Grande Reportagem a mostrar os feitos da UNITA num exercício de propaganda, logo de seguida caiu com estrondo a parceria entre Carluci e Albarran num conluio de favorecimento num condomínio, onde a Câmara de Lisboa presidida por João Soares favoreceu na urbanização do local.
Mas o seu último postal, João Soares não é insultuoso apenas para com João Lourenço, Fernando Miala e José Eduardo dos Santos, coloca em causa uma decisão do Tribunal Constitucional, e sobretudo pressiona Isaías Samakuva na recondução de ACJ, como se fosse capataz da coutada.
Mais do que todos os roubos dos marimbondos, mais do que o branqueamento de capitais, em si mesmo muito graves, irrita-se esta intromissão de energúmenos que nada têm a ver com Angola. Depois de tantos saques de todos os lados, insaciáveis, querem sacar mais o quê?
ACJ é um cataclismo ambulante epicentro de uma tragédia que está por acontecer, os ingredientes estão na panela, lenha não falta, oxalá Samakuva segure o fogo, os angolanos agradecem.