O estratega da UNITA, o controlador clandestino, o inquisidor-mor, o justiceiro, o generalíssimo Paulo Gato, soltou em comunicado toda a sua ânsia de vingança utilizando cegamente um avolumar de contradições.

Imagino quanto lhe está a doer esta hora de implacável derrota, pior do que ver negada a credibilidade e legitimidade de um Congresso que presidiu, vê destituído o seu delfim de oportunidade, Adalberto Costa Júnior, a quem combatia ferozmente 48 horas da reunião magna do Galo Negro, e para cúmulo enfrenta o regresso de Isaías Samakuva à liderança depois de lhe ter cavado a sepultura, é o expoente máximo da ironia de um sistemático derrotado pessoal em eleições partidárias. Odioso…!!!

Diz o felino que hoje em dia as empresas e os investidores usam a inteligência nos seus negócios, fogem da instabilidade e vão para paragens seguras. Quem andou até agora na rua com anarquistas, semeando o medo, anunciando o caos, ameaçando convulsões sociais? Quem tentou até agora dividir as Forças Armadas, as Polícias, descreditar a Justiça? Não foi exatamente a UNITA a reclamar as multidões em protesto, desafiando permanentemente o Estado de Direito, fomentando o racismo, o separatismo e abrindo portas ao fundamentalismo extremista?

Quem atentou contra a dignidade do Presidente da República e tudo fez para desvalorizar os êxitos alcançados nas suas viagens ao estrangeiro? Quem abriu janelas e portas de oportunidades aos marimbondos e ao clã Dos Santos a troco de fundos de servidão saqueados ao erário público de Angola?

Não é esta UNITA o espelho das sistemáticas reuniões na Rua Feliciano Castilho na Vila Alice, onde se elaboravam minuciosas estratégias entre muros que escondiam a podridão? Muros que encerram trabalho escravo, luxos exuberantes, mordomias de heranças escondidas, onde se elaboram as ameaças para exercer o medo em quem é inconveniente?

Pode um país, uma nação, um governo, um povo, depender de políticos que hipotecam a sua dignidade a quem os humilhou militarmente e matou o seu líder histórico?

A porca da arrogância de tão gorda já não anda, a faca da prepotência de tão gasta já não corta, e do Tribunal Constitucional sem medo emergiu o monstro que vai tirar o sono a muita gente durante muitas noites.

Cautela e caldos da galinha nunca fizeram mal a ninguém, o povo sábio pensa assim.