Antes do epílogo assistiremos com estrondo quem anda a enganar quem, todavia podemos ler no escapa do secretismo próprio dos clandestinos, que todos querem enganar os angolanos. Faz-se tábua rasa de Estatutos, da Constituição, de Regulamentos, pressupondo impunidade dando a entender que querem para Angola uma terra sem Lei.
O gradualismo das contradições espelha uma cegueira de mentes alienadas à cegueira do Poder, gente sem rumo, por isso mesmo perigosa, capazes de marchar desesperadamente em terra queimada.
No jogo arriscado dos mascarados e dos escondidos com rabo de fora, sobressai uma arquibancada na rua que tem tanto de ruidosa como de inútil, é composta de maioria de jovens dependentes que nem sequer votam, mas são o instrumento de ACJ já que, a UNITA está prisioneira dos eternos dinossauros mandantes que a troco de mordomias e outras tantas coisas, demarcaram o Galo Negro na capoeira de José Eduardo dos Santos.
Angola recupera a olhos vistos interna e internacionalmente, ganha peso regional e planetário, João Lourenço vai cimentando o seu prestígio. Mas a ala clandestina da FPU desanca diariamente o Presidente de forma abusiva e inconcebível, mesmo em prejuízo evidente para o país e para os cidadãos que anseiam tempos de esperança.
As parcerias e cumplicidades para a sabotagem destapam-se aos olhos da Comunidade Internacional, os elogios ao Golpe de Estado na Guiné, o apoio camuflado ao separatismo na Lunda, e o recrutamento de jovens para treinamento militar no Mali com instrutores russos a soldo de interesses económicos, mercenários sem pátria, onde umas dezenas de angolanos foram detetados pela Inteligência francesa. A pressão do general Zé Maria, mandatário de Zédu, faz-se sentir em favor de Abel Chivukuvuku, e em caso de reviravolta ninguém se espante se surgir Rafael Savimbi em cena, faz parte do jogo para credibilizar a Coligação, tudo o mais, por agora, é folclore, é um autêntico Jogo de Cabra Cega em que todos se enganam.