ACJ – O Saltimbanco

ByKuma

1 de Julho, 2021

Intelectualmente vazio, politicamente oco, papagaio bem falante, arrogância dos ignorantes, cão que não conhece o dono, imprevisível no gesto, débil na palavra, ignóbil na postura, vulnerável no estatuto.

Seguro por aflitos derrotados em busca de salvação, estaciona na conveniência mesmo transgredindo as mais elementares regras, dependendo da generosidade conveniente de quem ontem era inimigo que se metamorfoseou em aliado de oportunidade, tentando colmatar limitações materiais e políticas, diante da mais hedionda e absoluta irrelevância no plano da envergadura de homem e político. Não se conhece em ACJ nenhum contacto relevante ou parceria internacional, o seu isolamento seria catastrófico para Angola numa altura em que índices económicos e de investimento vão emergindo no horizonte da actualidade, bem como autossuficiência em produtos importantes de origem agro-pecuária, como carne bovina, mandioca, banana, manga, que já há excedentes para exportação.

ACJ cedeu a tudo e a todos, o que aparente diálogo e um sinal claro de fragilidade, a multiplicar a cedências internas surgem as colagens inequívocas a agitadores de rua e das redes sociais digitais, e no discurso, dúbio, repetido e cansado, pela manhã propõe-se concertação, à tarde arde o discurso político, à noite radicaliza-se e pede-se a queda do governo, sem uma única proposta alternativa nem uma ideia objectiva, apenas sobram vacuidades que inevitavelmente levariam ao caos.

O Galo Negro está prisioneiro dos vícios que mutilaram a governabilidade de José Eduardo dos Santos, concentração demográfica em Luanda onde têm residência todos os assumidos herdeiros de Jonas Savimbi, contradições de um Partido racista, tribalista, e que debita decibéis insurdecedores da Proclamação Autárquica parecendo a panaceia de um desiderato para o qual não existe uma ideia.

ACJ e a UNITA receberam fundos externos de José Eduardo dos Santos e Isabel dos Santos, internamente receberam malas de dinheiro dos marimbondos; ACJ disso pronunciou-se internamente, e em Lisboa tem gente que lhe é próxima (portuguesa), a negociar uma ajuda do Grupo Aga Khan, líder dos muçulmanos ismaelitas dando luz verde à construção de uma mega-mesquita em Luanda uma vez chegado ao governo.

O Galo Negro está cada vez mais prisioneiro de um somatório familiar, a realidade está a transformar-se em pesadelo, o Governo vai somando êxitos e as mensagens veiculadas pelas redes sociais digitais estão a cansar de tanta verborreia inverosímel, falta decência e sentido de Estado à Oposição, o Povo está cansado de dificuldades mas está mais cansado da arrogância e conflito em que a UNITA sempre mergulhou o país, em momentos de expectativa do Poder.