Começa a ser notória a desagregação do núcleo de suporte político de Adalberto Costa Júnior, nada que não fosse perspectivado por observadores atentos, somam-se descontentamentos e incompatibilidades, e só laços familiares não têm permitido mais visibilidade pública do caos que vai inchando.
O sistema de acção nas redes digitais de informação entraram elas mesmas em confronto, e a teia parece a de Penélope, uns constroem durante o dia, outros destroem à noite.
Ninguém presta contas a ninguém, a santa ignorância promove uma imunidade indigente, branqueia-se capital, gasta-se à tripa forra, parece gente ungida de Poder que não cumpre com a regras estabelecidas. Já é tradição, vem de longe, é o preço da ruralidade e da contabilidade clandestina, da herança de Jonas Savimbi, das vendas de diamantes, ouro, marfim e madeira, até da venda de terrenos como o de Luanda onde foi erguido o Hotel Skina (3.000.000.00 Usd$); ninguém presta contas, e agora o mesmo com as somas recebidas do Clã Dos Santos, como recentemente aconteceu em Bissau.
Há marimbondos na UNITA, altos dirigentes têm casa em Portugal e nos Estados Unidos, Lukamba Gato tem uma mansão em Joanesburgo e outra na Vila Alice, e Chilingutila tinha uma bela casa em Paris.
Como tem sido reportado nos últimos dias, a casa de Adalberto Costa Júnior na cidade do Porto em Portugal, fica na Rua Júlio Dinis em Ermesinde e foi adquirida em 2003, já depois da morte de Jonas Savimbi, e outra que tem um Contrato Promessa, em Leça do Balio, que já mudou de nome de comprador na última semana. De facto, no seu casamento foi-lhe oferecido uma quantidade de diamantes para comprar uma casa em Portugal.
Algumas chancelarias acreditadas em Angola, sobretudo europeias e americanas, crêem que ACJ seja muito imaturo para uma governação nacional; acompanham-no atitudes e um discurso demagógico, e torna-se vulnerável e despido de honorabilidade.
Todos os filhos de Jonas Savimbi, à excepção da Ginga, cuja paternidade não está atestada, incompatibilizaram-se com ACJ, têm sido ameaçados pela intenção de tornar público um agradecimento ao Presidente João Lourenço pelo facto de tê-los recebido.
Kuma