O problema principal do actual líder da UNITA não é o da sua dupla nacionalidade ou algumas falhas de carácter que lhe são apontadas pelos seus correligionários.
O problema é muito mais profundo e perigoso. Adalberto escolheu a via do confronto extra-constitucional com o governo, colocando-se fora da ordem e da paz públicas. Com essa opção está a tornar a UNITA num bando de foras-da-lei, deitando pela borda os anos de paz.
Adalberto aceitou financiamentos de foragidos da justiça para promover manifestações ilegais em Angola. Adalberto reúne-se com esses foragidos para preparar estratégias de derrube não constitucional do governo. É um activismo falso que promove, são as manifestações constantes, são os acordos com os santistas, como o que vai ser assinado em breves dias algures numa capital europeia. Todos estes actos de Adalberto não são actos de escrutínio parlamentar do governo, de tentativa de eleição legítima em 2022, pelo contrário, são actos que promovem a insurreição civil, o desrespeito pelo funcionamento das instituições. No fundo, são actos contrários à Constituição.
E é aqui que está o perigo para a UNITA. Uma coisa é termos um partido de oposição que joga o de acordo com as regras e respeita os padrões de civilidade e tranquilidade, outra coisa é termos um partido que sai das regras e abertamente promove e financia -com ajuda de criminosos fugidos- a subversão interna e a violência nas ruas.
Esta é a UNITA subversiva que Adalberto está a criar e poderá levar para caminhos de ilegalidade. Não se pode ter um partido da oposição a fomentar a insurreição armada nas ruas. Isso é proibido e ilegal.