A política de auto-sustento alimentar está a resultar!

ByTribuna

14 de Janeiro, 2021

O actual governo tem-se empenhado numa política de fomento da agro-pecuária nacional em substituição das importações. Esta política permite duma assentada reduzir a dependência externa e criar uma indústria nacional próspera.

Começam-se a ver os primeiros resultados.

Segundo dados fornecidos pelo Conselho de Direção do Ministério da Indústria e Comércio, Angola conseguiu registar uma redução de quase 100 milhões de dólares na importação de produtos da cesta básica e outros bem essenciais no último mês de 2020, face ao mesmo período homólogo – dezembro de 2019. Em Dezembro de 2019, o Governo desembolsou 250 milhões de dólares para importações, enquanto que no mesmo período de 2020, apenas gastou 152 milhões de dólares.

De destacar a redução na importação do açúcar, que passou de 2,1 milhões de toneladas, em 2019, ao custo de 17,6 milhões de dólares, para 1.472 toneladas, ao custo de 831.121 dólares.

Quanto à importação de arroz corrente, em 2019 adquirimos 136.985 toneladas no valor de 37,2 milhões de dólares e em 2020, importámos apenas 59.505 toneladas, a um valor de 10,5 milhões de dólares. Sobre estes valores, a directora nacional do Comércio Externo, justificou, salientando que, à semelhança do óleo palma, serve de matéria-prima para algumas indústrias, como por exemplo a cervejeira e a de produção de leite condensado.

Quanto ao frango (a carne mais consumida em Angola), é de assinalar também uma redução considerável, comparativamente a 2019. Nesse ano, importou-se 46.385 toneladas, por 51,5 milhões de dólares, enquanto que no ano passado, adquiriu-se apenas 32.447 toneladas, por um valor pouco superior a 25 milhões de dólares.

Estes são apenas alguns dos produtos destacados na redução considerável das importações, contudo esta tendência revelou-se geral nos restantes produtos que compõem a cesta básica.

Compartilhamos a apreciação do ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, quando este enfatizou que “os números reflectem as muitas oportunidades que o mercado ainda oferece para investimentos, sobretudo na indústria transformadora”