Somos nós os construtores do futuro

ByTribuna

5 de Agosto, 2025

Nesta passagem de testemunho da responsabilidade do amanhã, hoje cabe-nos agir para que deixemos como herança um  mundo que nos rodeia bem melhor, e isso cabe em transmitir a cultura e valores aos nossos descendentes, e ajudá-los a caminhar para atingirem os seus sonhos, e seu protagonistas do seu tempo.

É nos exemplos abnegados com conquistas fabulosas que devemos encontrar o fermento do que somos capazes, e nunca é tarde para começar, basta enfrentar o mundo através de uma realidade muito nossa, e não embalar nas facilidades apregoadas de quem tem já, o futuro assegurado.

Hoje trago-vos aqui o exemplo de Daniel, para que desperte nos corações uma luz de esperança, e que a energia está no nosso acreditar.

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Em 1985, em uma pacata vila na África Oriental, um homem chamado Daniel estava descalço com suas três filhas. Sua esposa havia falecido durante o parto no ano anterior. Ele nunca se casou novamente. Não tinha tempo — nem coragem. Era agricultor, construtor, pai e sonhador, tudo ao mesmo tempo.

A casa deles não tinha eletricidade. Algumas noites, o jantar era apenas raízes cozidas e água. Mas o que eles tinham — o que Daniel sempre garantia — era dignidade.

Todas as manhãs, antes do nascer do sol, ele acordava suas filhas e as levava a pé por três quilômetros até a escola. Ele não sabia ler nem escrever, mas sentava-se do lado de fora da sala de aula todos os dias, esperando na sombra, só para que elas não tivessem que voltar para casa sozinhas.

Às vezes, ele ficava sem comida para que elas pudessem comprar um lápis.

Ele vendeu sua aliança de casamento para pagar as taxas dos exames.

Ele trabalhou em três empregos durante a temporada de colheita só para comprar livros didáticos de segunda mão — muitos com páginas faltando.

As pessoas riam.

“São meninas”, disseram.

“Que futuro elas têm?”

Daniel não respondeu.

Ele simplesmente continuou caminhando ao lado delas.

Os anos se passaram. Uma a uma, elas se formaram.

Uma a uma, elas ganharam bolsas de estudo.

E uma a uma… elas cruzaram oceanos.

Em 2025, 40 anos depois daquela foto ter sido tirada, o mundo viu algo que ninguém esperava:

Uma nova imagem do mesmo homem, em pé, orgulhoso — desta vez em frente a um hospital — com suas três filhas, todas vestindo jalecos brancos.

Médicos.

Todos eles.

Quando perguntado sobre como se sentia, Daniel chorou baixinho e sussurrou:

“Eu nunca dei o mundo a elas. Eu simplesmente nunca deixei o mundo tirar a esperança delas.”

Ele cultivou com as mãos,

mas criou médicos com o coração.

E na sombra silenciosa de um homem que o mundo nunca conheceu, três meninas se ergueram… e o mudaram