Ensinamentos para Memorizarmos

ByKuma

4 de Agosto, 2025

Uma legal e autorizada greve de mototaxistas, foi rapidamente antes, durante e depois aproveitada, invadida, instrumentalizada, para se tornar prisioneira dos estrategas da arruaça com a operacionalidade de milícias de prontidão, que acabaram por provocar a desgraça e uma estrondosa derrota aos mesmos mototaxistas, que tiveram um instrumento de luta futuramente interditado, ainda que estejam bem identificados os mandantes pelos relatos alucinantes e corrosivos dos escribas dependentes e das bocas de aluguer avençadas.

Há quem explore a morte de uma senhora atingida por danos colaterais, nós lamentamos profundamente, mas lamentamos também a morte de um agente de segurança, que envergava na sua farda a autoridade do Estado, que também tem família, onde também há dor e sofrimento.

Estes acontecimentos tristes são a expressão de uma dor coletiva que, pela sua conotação pública dorida, nos obriga a uma reflexão e procura de explicações.

Esta desordem covardemente instigada, já assumida pela UNITA, agudizou-se por falta de liderança, é o “modus operandi” de quem sem argumentos e ausência de soluções, se arrasta numa clandestinidade de uma subversão sem rosto, incapaz de se assumir como interlocutor e boicotando quem o possa ser.

No ano do nosso Cinquentenário, ainda não se deu voz ao Povo numa atmosfera sem medo, limitado nas suas escolhas pelo controlo de um estigma de duas faces da mesma moeda, Angola está manietada por um Sistema tão poderoso que capturou o Regime, e só poderia ser derrotado por dentro com coragem, muita coragem.

Foi essa libertação que João Lourenço começou em 2017, mas ainda hoje, embora já haja frutos dessa mudança- já há liberdade de expressão- há muitos muros por derrubar. Basta olhar para trás e constatar com seriedade, o que se diz e faz hoje, e o que não se podia dizer, sem consequências, antes de 2017. No entanto, continuamos à mercê de duas forças herméticas estáticas que tentam obstaculizar o Senhor Presidente da República, mas que entre elas, com promessas vãs, venderam facilidades e prometeram o paraíso num mundo de fantasia.

João Lourenço, por convicção, sabia do elevado preço da sua missão, esventrou o Sistema, colocou a nú a realidade, e encetou um caminho que em política só é reconhecido quando dá frutos visíveis; mas a mais bela casa começa pelos alicerces.

Nenhum país no mundo nasce feito pelas suas riquezas, a maior arma da evolução comunitária são os cidadãos, mas essa cidadania conquista-se, o paraíso constrói-se. Com os fundos saqueados ao Erário Público e os custos militares na nossa trajetória até 2017, daria para colmatar todas as nossas carências na educação, saúde, infraestruturas, e desfrutarmos de um estágio de desenvolvimento, que só agora dá os primeiros passos nesse desiderato, na visível conquista de espaço internacional,pela ação persistente e acertada de João Lourenço, começa, agora, a dar sinais de atenção interna, com a previsível aposta na juventude e meritocracia, no MPLA e no Estado.
Estamos na madrugada da Nova República, logo, logo, virá o sol.