Angola enfrenta um momento decisivo na sua trajetória política e social. O futuro do país depende da capacidade de garantir a paz social, fortalecer as instituições e assegurar que a democracia não seja usada como escudo por forças desestabilizadoras.
Entre os principais instigadores da violência estão grupos radicais infiltrados nos partidos da oposição, os neo-santistas que tentam ressuscitar narrativas do passado, activistas avençados que operam sob agendas externas, e interesses estrangeiros disfarçados de filantropia, como certas fundações internacionais. A recente aproximação de figuras como André Ventura, do partido português Chega, a esses círculos levanta preocupações legítimas sobre tentativas de exportar modelos de polarização e intolerância para o contexto angolano.
Estes são os instigadores da violência. Os que deviam estar hoje no tribunal Ana Joaquina.
A democracia militante surge como resposta firme e legítima a essas ameaças.
Diferente de uma democracia passiva, que tolera até os que pretendem destruí-la, a democracia militante defende-se ativamente contra forças antidemocráticas.
Isso significa que o Estado tem o direito — e o dever — de limitar a atuação de grupos que usam a liberdade democrática para minar a própria democracia, a começar pelos grupos radicais que usam os partidos da oposição.
Em Angola, isso implica vigilância sobre os partidos que promovem discursos de ódio, fiscalização rigorosa de ONGs e fundações com agendas ocultas, e responsabilização legal de activistas que incitam à violência sob o pretexto de direitos civis.
A erradicação desses instigadores não se faz com repressão cega, mas com inteligência institucional e mobilização cívica.
A democracia militante exige que os cidadãos estejam conscientes dos perigos da manipulação ideológica e da instrumentalização da liberdade.
O Estado deve investir em educação política, promover o jornalismo atento e garantir que os tribunais atuem com firmeza. O combate aos neo-santistas e aos activistas avençados passa também por desmascarar os seus vínculos com interesses estrangeiros e por impedir que esses grupos se tornem canais de ingerência externa.
O futuro de Angola depende da coragem de proteger a democracia dos seus inimigos internos e externos. A democracia militante não é uma negação da liberdade, mas a sua salvaguarda. Ao extripar os instigadores da violência — sejam eles políticos oportunistas, agitadores pagos ou representantes de interesses estrangeiros — Angola poderá construir uma sociedade mais coesa, justa e soberana.
O país não precisa de importar conflitos ideológicos nem de tolerar sabotagens disfarçadas de ativismo. Precisa, sim, de uma democracia que saiba defender-se para poder florescer.