Mais uma vez fica evidente que ACJ prefere a emoção do que a razão, não é possível ao nível dele cometer erros graves em hasta pública, mas prontos só os menos atentos e por via de discursos populistas ele consegue ludibriar.
Para quem já foi representante da UNITA em Portugal, Itália e pretende ser poder deveria pelo menos conhecer os critérios básicos necessários para que um Estado assuma a presidência da União Africana.
Neste exercício de recuperação da imagem gasta e de tentar sair do anonimato onde tem estado, ACJ em pleno acto político público onde falava para um grupo de militantes no âmbito da abertura da XII Jornadas Parlamentares do Grupo Parlamentar da UNITA em Cabinda, afirmou que segundo as suas fontes que não seria esta a vez de Angola presidir a União Africana, transmitindo a ideia errónea de que o Estado angolano corrompeu para assumir a presidência da União Africana.
ACJ aproveitou a oportunidade no calor da emoção discursiva para cometer uma aberração do tamanho do seu orgulho e ingenuidade também, ao afirmar categoricamente ” que os Estados assumem a presidência da União Africana de forma rotativa segundo o alfabeto britânico do nome dos países” onde encontrou este critério? Ainda ousou questionar a plateia o seguinte ” se o ano passado foi a Mauritânia, como agora é a vez de Angola? Sair do M para o A” exclamou! como se tivesse noção do que estava a dizer”.
Não basta que nos digam alguma coisa e tomemos a mesma como verdade absoluta. É preciso confrontar a informação se é verídica ou não, mas parece-me que entre consultar a página web da União Africana para ver os critérios e passar vergonha o homem preferiu a última opção.
Para que fique claro Angola assumiu a presidência da União Africana com base no critério regional adoptado pela própria organização a fim de garantir o equilíbrio. As regiões são Norte, Sul, Leste, Oeste e Central, de acordo com a rotatividade depois da região norte, agora é a vez da região sul da qual Angola é parte.
Por esta razão saiu-se do M para o A, ou seja, a Mauritânia presidiu em 2024 faz parte da região norte, e Angola em 2025 porque faz parte da região sul, mas isso não tem nada a ver com o alfabeto britânico dos nomes dos países segundo ACJ.
Os critérios de nomeação do presidente da União Africana, não se pode confundir com questões relacionadas com ordem de precedência, que por vezes leva em consideração o critério alfabético.
Como são escolhidos a nível da região?
O Estado a nível da sua região é escolhido através do chamado consenso regional, ou seja, os Estados da região sul através de um consenso escolheram Angola. Em seguida foi submetida ao Conselho Executivo da União e este ano o PR JLO tomou posse por via da cúpula dos Chefes de Estado e de Governo como é de praxis.
Quais são os critérios para ser escolhido na região?
Entre os vários critérios exigidos para ser escolhido Angola preenche todos eles, passo a citar: Influência diplomática, estabilidade política, contribuições económicas, contribuições em questões de paz e segurança, por último a experiência de liderança duma organização intergovernamental (ex: SADC).
ACJ não pode induzir os jovens angolanos em erro do género. E por outra, acusar publicamente que Angola assumiu a presidência por via de um esquema fraudulento é de tamanha irresponsabilidade política colossal.