Para matar a saudade poderiam ter distribuído no ajuntamento do Lobito,em vez de bandeirinhas da UNITA, também uma chusma de bandeiras de Portugal, tal foi a faladura do líder bacharel tirano psicopata Adalberto Costa Júnior “Betinho”, que poderia ter sido uma intervenção do governador-geral de Angola para agradar ao colonizador Salazar.
Sem uma única proposta para o futuro, entre as banalidades do show ensaiado, escaparam verdades para ilustrar os impulsos do coração. O tirano não viu nada em Benguela, no Lobito, e por onde passou, que não fosse obra colonial, mas esqueceu de dizer quem foi que as arruinou.
Com inverdade pelo meio, falou sobre o Corredor do Lobito, esqueceu-se de dizer que não foi uma obra portuguesa, a construção dirigida pelo topógrafo escocês Robert Williams, tinha propriedade belga, financiado pelo grupo Indo-Suez e Societè Generali, para escoar o cobre do Katanga. Nunca serviu a Zâmbia, e só fez a primeira viagem completa em 1930 e não em 1925, e só parou, algumas vezes e em definitivo, quando a UNITA destruiu provocando monstruoso massacres que a história um dia irá narrar.
Promover publicamente o colonialismo é uma infâmia, uma heresia, para um palestrante missionário é vergonhoso, a cegueira torpe não permitiu que visse a bela ponte sobre o rio Catumbela, uma obra de arte da engenharia moderna, que permitiu que ele fosse pela estrada de Benguela para o Lobito, talvez escondido não tenha tido a oportunidade de ver o novo Aeroporto, nem a modernização do Porto do Lobito, que embriaga todos os visitantes investidores.
Governar não é ye ye ye, não é maledicência repetida, a verdade da nossa herança na Independência, está espelhada nas zonas onde campeou a UNITA, estão lá as marcas da destruição, o desgaste do abandono, e isso reflete-se até na formação de quadros, generais da mata, doutores e engenheiros da fidelidade, o que se traduz no vazio agarrado ao passado colonial.
As missões católicas, protestantes e adventistas, formaram muito boa gente, sem dúvida, mas eram esteios da PIDE/DGS, eram antros do colonialismo, a expansão colonial portuguesa foi associada ao expansionismo cristão, foi dirigida pelos jesuítas.
As províncias do Huambo e Huíla, foram os celeiros de Angola, temos silos no Longonjo, na Caála, temos a rodovia Matála, Caconda, Longonjo, por onde se escoava toda a produção de milho, tudo foi destruído pela UNITA, destruíram os meios produtivos e mobilizaram os recursos humanos para a guerra.
Destruíram rebanhos, todas as Xitacas foram abandonadas, esse espólio negativo é de responsabilidade única da UNITA.
Falta em Angola um verdadeiro Ministério da Informação, há verdades que podem identificar o que é a UNITA, de onde vem, e para onde pode ir, por isto a impaciência em Lisboa, Paris ou Cidade do Cabo.
Foi pena, muita pena, não ter estado no Lobito, no palco da cerimónia, o demagogo Venâncio Mondlane, seria o enlace perfeito do terrorismo apadrinhado pelo narcotráfico, mas a nossa Angola, detentora de um Estado Democrático de Direito, não permitiu.
Estragaram a fotografia. Kipena…!!!