O bastonário comparou o suposto gasto do Estado com o apoio judiciário aos mais pobres com o preço dos carros do Executivo. Portanto, quer isto dizer que os membros do poder legislativo e do judicial andam de burro e não de carro, quer isto dizer também que o seu gabinete de bastonário não lhe cobre as despesas. Quanto é que a Ordem dos Advogados gasta com o bastonário? Fica a pergunta.
Mas ao mesmo tempo que ataca de forma gratuita o executivo, o bastonário remete-se ao silêncio noutros temas. O seu colaborador advogado no processo Kopelipa e Dino faz comícios sobre o processo na comunicação social, falando abundamentemente sobre o processo. Não está a fazer o mesmo que o David Mendes, o que levou a Ordem a instaurar-lhe um processo? A Ordem não vai abrir um processo igual ao falador Satula? Fica a pergunta.
O Rafael Marques escreveu sobre uma sociedade comercial que exerce, talvez, a função de advogado de forma ilícita, violando o Estatuto da Ordem. Silêncio do bastonário. A Ordem não vai fazer queixa-crime dessa sociedade comercial? Fica a pergunta.
Assim se vê a hipocrisia destes que só sabem rasgar as vestes para atacar o poder executivo. Quanto ao resto são projectos de sombras.