O Triunfalismo de um Patife

ByKuma

10 de Janeiro, 2025

A agenda da comédia hilariante está a ficar lotada, não só são mais os intérpretes como estão a somar-se conteúdos. Curiosidade mesmo, ou talvez não, são os aplausos que ecoam da mesma plateia, enfim, tão diferentes e tão iguais.

Zénu, filho de José Eduardo dos Santos, que na perspectiva de sacar até ao último cêntimo, perdeu a hora de fugir, ficou a contas com a justiça, foi preso, e gozava agora de liberdade condicional, uma medida de coação mais leve. Tendo em conta uma série de factores, o Senhor Presidente da República, usando uma prerrogativa constitucional, concedeu-lhe um Indulto, que o despenalizou facultando-lhe a liberdade.

Mas na concertação orquestrada contra João Lourenço, que se banaliza na mediocridade a cada dia que passa, procura desde 2022 um mártir para ornamentar a bandeira da subversão, é um jogo baixo que tenta conseguir uma atitude mais musculada do Senhor Presidente da República.

Este circo mediático começou com Luaty Beirão, logo se esgotou. Depois foi com o bacharel Adalberto Costa Júnior “Betinho”, que tropeçou nas suas peripécias melodramáticas. Outros tentaram, mas vinham já rotulados de promiscuidade e já estavam proscritos de outras paragens. Agora surgiu na mesma onda, Filomeno Zénu dos Santos, que pensou transformar-se em herói renunciando ao indulto presidencial.

Talvez sejamos todos culpados, parece que há medo em dar nomes aos bois, ainda que a justiça demorada ou ineficaz não cumpra a sua obrigação, Zénu dos Santos, Isabel dos Santos, Tchizé dos Santos, Manuel Vicente, Kopelipa, Dino, são todos ladrões, roubaram os angolanos, e o lugar deles é na cadeia.

Tchizé dos Santos veio imediatamente a público chamar o maninho de herói, defensor da dignidade do pai. Que dignidade? De ter dado de mão beijada os recursos de Angola aos filhos?

Talvez agora muita gente entenda o silêncio de João Lourenço face a provocações e insinuações, contrastando com sua ascensão na cena internacional, é que na capital, Luanda, concentram-se os camuflados à espera do assalto, e um mártir dava muito jeito.

Talvez a rádio essencial dê espaço a um episódio efémero, são os tais vírus que vão sendo tolerados e que vão minando o Estado Democrático de Direito.