Alerta e vigilância

ByKuma

27 de Outubro, 2025

Direta ou indiretamente, Angola deve accionar os seus instrumentos de vigilância, sem alaridos, com os fenómenos que estão a acontecer em África, que mudam cenários de estabilidade sempre frágil face aos desafios mal intencionados, de quem não olha a meios para atingir os fins.O “modus operandis” é estrategicamente elaborado por centros nevrálgicos experimentados e sofisticados, pagos a peso de ouro, e encontram vulnerabilidades locais face ao papel verde, infiltram-se e mobilizam, e da noite para o dia aparece material bélico moderno, transportado a partir de bases insuspeitas, ou de bases instaladas em países sem rumo, como a Guiné Bissau, que consta da lista de países dominados pelo crime internacional.Angola tem grupos saudosistas com a ideia fixa da força como instrumento da conquista de Poder, não obstante, tem uma extensa e perigosa fronteira com a RDC, internacionalmente reconhecida como instável, vulnerável ativa e passivamente, não só como base de agressão mas, também, do inconveniente dos refugiados.Nas últimas semanas verificaram-se incursões de abastecimento bélico ao Grupo Wagner, ou grupos remanescentes no Mali e República Centro Africana, a partir de Europa, o que agitou as águas na NATO/OTAN, e surpreendeu os Serviços de Inteligência dos países integrantes.Não devemos banalizar o perigo, a meu ver devemos uma campanha de sensibilização fronteiriça, movimentos suspeitos devem ser assinalados, qualquer país no mundo está vulnerável ao perigo, que tem vários rostos, da inocência à maldade percorre-se numa noite, embora Angola tenha neste âmbito, internacionalmente reconhecido, um dos melhores Serviços de Inteligência de África, a par de muitos congéneres de alto padrão global.Um dos conflitos mais perigosos do mundo, e mais longo, de 1947 até aos dias de hoje, entre a Índia e Paquistão, ambos com força nuclear, começou com uma pedrada a caminho de casa.Estudos estratégicos partilhados em rede fechada, acreditam que no espaço de uma década, na Europa, poderemos ter, livre e democraticamente, militares nas chefias do Estado, há um falhanços político partidário universal, Trump, Putin, Lula, a própria União Europeia, são espelho da degradação das instituições, com falhanços absurdos, hoje um dos pilares de qualquer Estado livre, é a Justiça, e está invariavelmente capturada pela política, e esta está, completamente subjugada ao capital. Está na hora em Angola, da Refundação do Estado, assente numa nova Constituição, para iniciarmos uma Nova República.