Adalberto não sabe o que diz

ByTribuna

12 de Setembro, 2024

Depois de ouvir o bacharel ACJ falar durante horas, a única coisa que fica é uma sensação de vazio. O homem fala, fala, fala e não diz nada ou diz disparates.

Para ele tudo está mal em Angola. Mas quando o jornalista da rádio Essencial lhe pergunta, bem, quais as soluções da UNITA, ACJ não dá resposta, remete vagamente para o programa de governo que a UNITA apresentou em 2022, do qual ele nem se lembra.

A verdade é esta: a UNITA não tem qualquer solução para Angola. Vamos fazer como ACJ gosta e repetir: A UNITA não tem qualquer solução para Angola. Vive da maledicência.

Depois, volta ao absurdo, afirma que a UNITA ganhou as eleições em 2022. Não há um único elemento de prova. Nada. Lembre-se que as sondagens credíveis intranacionais nunca deram a vitória à UNITA, o mesmo acontecendo com uma suposta contagem paralela. Não sei até que ponto esta insistência absurda, não comprovada, é crime ou loucura, mas sei que não serve a democracia.

Agora quer que os Tribunais Internacionais (e não diz quais porque não sabe, deponham João Lourenço). É óbvio que isso é ridiculamente impossível. Mera propaganda, já no campo da alucinação.

Quer uma revisão constitucional para separar as eleições presidenciais e legislativas. Está muito bem, mas tem de perceber que tecnicamente, havendo essa separação abre a porta a um Terceiro Mandato. Não pode querer comer o bolo e ficar com ele na mão.

Fala de generalidades, mas não se vê uma única proposta. Uma única proposta. O homem é um fiasco, porque nada mais sabe fazer senão falar ininterruptamente.

A Angola que ele descreve não é a Angola real, admirada no resto do mundo pela forma como está a superar as dificuldades da conjuntura, pela resiliência da sua economia, pela disciplina institucional, cortejada pelas grandes potências: EUA, China e Rússia. Sim, há problemas, há pobreza, que não foi resolvida quando chovia petróleo, mas com sacrifício e uma política constante vai sendo resolvida.

A realidade de ACJ é uma realidade falsa, descrita pelas redes sociais que querem montar narrativas de intoxicação para subverter o Estado.

O que as intervenções de ACJ provocam é que o Estado tenha uma comunicação activa que descreva a realidade e explique às pessoas o que se passa de verdade, e não deixe que a mentira perdure.

Quanto à independência dos Tribunais, poderia citar de memória recentes decisões do Tribunal Constitucional contra o poder Executivo, mas não vou perder mais tempo com as baboseiras de ACJ.