Em qualquer país moderno, civilizado, onde se respeita a dignidade humana, a PGR é o filtro da democracia, cabe-lhe auscultar quem prevarica as leis, quem ofende o Estado, e entregar a juízes matéria responsável para decisão final, ou seja transitado em julgado. Nunca houve uma relação de Hélder Pitta Grós com o público, nunca vimos a PGR pedir à Assembleia Nacional o levantamento da imunidade a um deputado da República por prevaricação, e os Processos com congéneres internacionais foram invariavelmente mal elaborados, tendo apenas sido resolvido o irritante com Portugal sobre Manuel Vicente, aliás, resolvido pela via política.
Ontem, no circo da manhã e na novela da tarde, o bacharel tirano psicopata ACJ “Bétinho”, líder da facção da UNITA colada à clandestina FPU, insinuou recorrer a tribunais internacionais com mentiras que se arrastam, amparadas por ONG’s fantasma, por internautas avençados, por uma LUSA dependente, e por alguns amigos do PGR na ferrugem do MPLA, que em silêncio assumem a cumplicidade que lhes é atribuída publicamente.
Este jogo do medo é uma arma antiga presente em discursos inflamados que acabaram numa humilhante derrota militar, salvos pela misericórdia do pai de todos os saques ao Erário Público.
A seita acotovelada na verborreia vaticanista, aliás disforme, os Papas da Grande Guerra foram Pio XI e PIO XII, e não João Paulo segundo, e mesmo em relação ao influente Solidariedade na Polónia, foi mais preponderante a figura do arcebispo Jozef Glemp. João Paulo II? A Guerra Fria foi um homem que pôs fim, Mikhail Gorbachev. Eu mesmo visitei em Gdansk o Solidariedade e estive em Sofia, na Bulgária, com o Presidente Lech Waleza.
A Oposição em democracia tem obrigações, mesmo em minoria tem obrigações, não pode transformar-se numa força sabotadora, não reduzir o vocabulário na negação perene do evidente, o monstro do Terceiro Mandato é uma criação dos trauliteiros e saudosistas, que pelo visto, pasme-se, também são contra a renovação aventada pelo Senhor Presidente da República e líder do MPLA.
Conclui-se que afinal João Lourenço incomoda a seita acotovelada quando está em silêncio e quando fala. Haja pachorra para tanta ignomínia.