Sou um leitor interessado dos escritos de Ismael Mateus, entendo-o equilibrado, livre, mas hoje trago o seu último artigo à apreciação por entender partir de um pressuposto errado.
A FPU foi o transbordar para o abismo da liderança do bacharel tirano psicopata ACJ “Bétinho”, a UNITA tem donos, o soba Lukamba “Miau” Gato e o capataz Eugénio “Renovado” Manuvakola, após a morte de Jonas Savimbi apoderaram-se do Movimento, e já então o protesto das bases, em desacordo pela traição e justicialismo inquisitorial, deu a liderança a Isaías Samakuva, já estava a UNITA, então quebrada em duas.
Derrotado duas vezes inapelavelmente, também Abel “Oportunista” Chivukuvuku, foi derrotado porque a memória dos militantes está viva, e os pretensos donos, mesmo odiados, viram na não recandidatura de Isaías Samakuva à liderança, a oportunidade de lançarem um líder de transição, e nada melhor que um vaidoso nefelibata megalómano como o bacharel tirano psicopata ACJ “Bétinho”.
A UNITA desfez-se porque a FPU, do nada, recuperou para a ribalta Chivukuvuku, deu gordura a Filomeno Vieira Lopes, e tirou cerca de 40 lugares ao Galo Negro no Parlamento, cargo mais disputado nos “maninhos”.
Concordo com Ismael Mateus quando diz que a legalização do PRA-JA vai trazer dificuldades à UNITA, tenho dúvidas mesmo que possamos ter uma FPU em 2027, como tenho a certeza que o Galo Negro terá uma nova liderança em 2025, nada me espantará é que surja no PRA-JA mais uma parceria fantasma entre Chivukuvuku e ACJ “Bétinho”.
Com a UNITA despedaçada, pelo divórcio evidente entre as bases e os ditadores da Vila Alice, o caminho do MPLA está a transformar-se numa auto-estrada, e o silêncio de João Lourenço que derrotou o Galo Negro e esmagou a tirania do bacharel, vai silenciar o ruído do vendaval do passado, o circo começou cedo de mais, a tempo de exporem demasiado ao passado de saqueadores e enriquecimento ilícito.
Na UNITA mordem-se porque Isaías Samakuva é Curador da Fundação JMS, no MPLA a ferrugem estridente facilmente será ostracizada pela juventude e pela estatura incontornável do Senhor Presidente da República, como parceiro do mundo para a Paz e desenvolvimento em África.
Perdoe-me o Ismael Mateus se foi má interpretação minha.