Forças das oposições (aliadas com os santistas-corruptos do MPLA) querem impôr a sua visão de democracia interna no MPLA.
Eles querem uma democracia interna de elites, em que barões lutam uns contra os outros e o vencedor será o rei. Na verdade, não se trata de democracia interna, mas de mero exercício de egos competidores, cujo resultado é o enfraquecimento do partido.
A tradição do partido é a democracia de bases (por oposição à democracia das elites).
A democracia de bases começa nas organizações de base previstas no artigo 48.º dos Estatutos do partido e na Assembleia de Militantes (artigo 52.º). É nestes órgãos que se cultiva e vive a real democracia e em que todos, mas todos-como diz o Papa Francisco- podem participar livre e abertamente.
É daqui que brota a democracia interna do MPLA e não de engenharias destrutivas e divisionistas no topo.
A democracia de bases oferece várias vantagens significativas, que se sobrepõem às tentativas oligárquicas de rapto da democracia do MPLA.
Desde logo, assegura a participação activa, permitindo que todos os militantes participem directamente nas decisões políticas, aumentando o envolvimento e a responsabilidade cívica.
Aumenta, também, a representatividade, garantindo que as vozes de diferentes grupos sociais sejam ouvidas e consideradas, promovendo uma maior inclusão, e não apenas os oligarcas do partido.
Incrementa a responsabilidade, uma vez que os líderes eleitos são mais responsáveis perante as bases, pois as decisões são tomadas em conjunto com a comunidade.
Finalmente, e não menos importante, facilita a resolução pacífica de conflitos através do diálogo e da negociação, reduzindo a probabilidade de violência.
Estas características de democracia de bases do MPLA ajudam a fortalecer a democracia e a promover uma sociedade mais justa e equitativa.
É isto que se quer e não uma luta entre elites desapossadas e vingativas, que o modelo da democracia de elites proposto pelas oposições irá trazer.