Hoje acordei com azia, há uma deselegância intelectual e política irritante, move-se por interesses partidários minimizando valores patrióticos e nacionalistas. A quem, afinal, não interessa o diálogo nem a estabilidade e aposta no persistente confronto em busca de protagonismos.
A UNITA do bacharel tirano psicopata intrujão ACJ “Betinho”, subserviente ao “Padrinho” Lukamba “Miau” Gato, reuniu para paradoxalmente proclamar liberdade ameaçada, quanto à aceitação das medalhas do Cinquentenário. No Parlamento, num hino à tartufice, choraram lágrimas de crocodilo com falsa emoção, depois colocaram a máscara de novo e tornaram o gesto presidencial num caso político.
Hoje também cabe-me criticar o Senhor Presidente da República, creio que ao banalizar a atribuição de medalhas, desvalorizou na generalização o verdadeiro sentido de honrar quem verdadeiramente merecia.
O que fez Navita N´’Golo/Ékuva Estrêla, para merecer tal honraria?
Que honra devemos todos à nossa saudosa Alda Lara?
O que fizeram artistas banais para receber tal honraria?
Tanta honra devemos todos ao saudoso autor e intérprete Fausto, que enquanto jovem, antes e depois da nossa Independência, foi sempre um cantor de intervenção, tantas vezes detido pela PIDE/DGS na cidade do Huambo?
Quantas Missões católicas, protestantes, adventistas, com escolas, hospitais, foram precursoras de autênticas iniciativas no ensino, na saúde, e tornaram-se em núcleos oposicionistas poderosos contra a colonização?
Não terá tido o jovem João Manuel Gonçalves Lourenço, pelos ensinamentos do seu Pai, uma instrução que o tornou num lutador e patriota que o fez Presidente da República? Há tantos heróis anónimos que foram a semente e o fermento do sentir a busca de liberdade, no tempo em que as amarras faziam feridas, deixavam cicatrizes e mutilavam consciências de uma vida inteira, é a memória de toda esta ancestralidade que valoriza as honrarias de hoje, são um tributo nacional não são objeto de nenhuma quezília partidária.
O Senhor Presidente da República aproveitou esta data, para com generosidade e sentimento patriótico, abrir as portas do diálogo e da concertação, para que na diversidade salutar e fraterna, face aos desafios reais do País, em liberdade, democracia e exigência, consigamos todos saudar uma Nova República.