A UNITA morreu com Jonas Savimbi, o que  sobrou foi um mosaico obscurecido assente num complexo  jogo de ódios de estimação. O triste retrato da realidade é consequência da divisão que o Velho Fundador se deu conta em vida, e que antes do fim confessou aos mais próximos.

Isaías Samakuva e Lukamba “Miau” Gato, são irreconciliáveis, Savimbi não os quis na luta, colocou um em Londres e outro em Paris, por respeito às numerosas famílias de ambos no leque da elite do Galo Negro. Ambos disputam desde a morte do Fundador até hoje a liderança do Partido, sempre foi assim, e foi nesta guerra que apareceu o intruso Adalberto da Costa Júnior.

Lukamba “Miau” Gato, tido como o justiceiro vingativo, é odiado pelos familiares das vítimas e perdeu toda a credibilidade interna, e Isaías Samakuva é tido como o depositário da herança de Jonas Savimbi sem nunca ter prestado contas. O tirano psicopata ACJ “Bétinho” soube tirar partido deste confronto, com Abel Chivukuvuku fez o caminho da FPU, até que a realidade viesse à tona.

Como aqui já várias vezes comentei, a Nomenklatura Lukamba “Miau” Gato, já tem candidatos ao próximo Congresso (Navita N’Golo e Felicidade Chipuka), e Isaías Samakuva, sem querer ou por estratégia, fortaleceu-se e com Alcides Sakala e Clarice Caputo, vai tentar introduzir civilidade de democracia no Galo Negro.

Esta repartição cada vez mais evidente da UNITA, assanhou os “marimbondos”, que atrás do Poder também se dividiram, hoje toda esta lambança uniu-se em volta do ódio a João Lourenço, mas a meu ver, não querem eleições, eles querem chegar ao Poder pela força, os sinais são claros e os contatos vão todos nesse sentido.

Angola não pode suportar este jogo, a concorrência global tem exigências de estabilidade e segurança, e o Estado tem de agir com verticalidade democrática.

Pela Revolução Democrática…!!!