Não vamos falar do passado do general Higino Carneiro. É o que é, e o que todos sabem. Mas vamos falar do futuro, sobretudo, do futuro que ele propõe como putativo candidato presidencial.

Não há futuro com Higino.

Não passa de um corpo de vaidade iludido com a sua falsa importância. Basta ver a última ideia lançada nas redes sociais: criminalizar a bajulação. O ridículo mata.

Como é que Higino quer criminalizar a bajulação? Se algum assessor se aproximar dum Presidente da República e lhe disser: – “Muito bem, Senhor Presidente, a sua ideia é boa”, está a bajular? Vai preso por cinco anos? Ou terá de passar a dizer para não ir preso: -“Senhor Presidente, Vossa Excelência, é uma besta”. Neste caso, provavelmente, estará a injuriar o Presidente e irá também preso.

Por este pequeno exemplo se vê que Higino não tem futuro. Fala à toa, é mais um. Os “barões” do passado andam excitados a tentar colocar-se a jeito para a corrida presidencial. O problema é que nada têm para oferecer, apenas enormes egos plenos de vaidade, ilusão e patetice.

É por isso que desconfiamos das propostas santas de democracia interna. Não são de boa-fé, mas uma forma de permitir que os oligarcas endinheirados e corruptos comprem votos e distorçam a real democracia partidária, para afago de egos iludidos e sem futuro.

Qualquer decisão no interior do MPLA deve surgir dum processo deliberativo que comece nas assembleias de base popular e evolua triangular, mas unitariamente, com a participação de todos na escolha de um candidato único; não pode ser uma feira de compra de votos e narcisos iludidos.

Higino está a prestar um bom serviço. A sua postura pateta demonstra o que não deve ser, o que não se deve fazer, e como os antigos santistas se tornaram em balões ocos de nada. Este é o futuro de Higino, o exemplo do que não se quer.