Dizia o soba Rufino era eu uma criança, quem nasceu para lagartixa nunca chega a jacaré.
Há mais de 20 anos, o jornalista da RFI – Rádio France Internationale, Rui Bacelar, um avençado da UNITA de longa data, começou a escrever o livro de Isaías Samakuva, mas o meu grande amigo balear morreu, em Paris.
Samakuva recomeçou a feitura do livro, mas a história, a verdadeira história, é arrasadora, joga contra ele, a começar pela falsa licenciatura, tem apenas o 5º ano antigo, e múltiplos contos de traição que os militantes nunca esquecem.
Também ele veio a público falar de Terceiro Mandato presidencial, e num ímpeto de falta de caráter e negação intelectual, para valorizar as suas desinteressantes palavras, recorreu a conversa com o Senhor Presidente da República.
Mas sobressai das suas pomposas frases feitas, que os angolanos estão divididos em militantes da UNITA e do MPLA, sem nunca terem assumido a identidade nacional.
O que fez Samakuva em 15 anos de liderança da UNITA para minimizar esse desiderato? Não foi Samakuva que chegou a líder do Galo Negro vindo de uma guerra fratricida entre a FALA e as FAPLA?
Não foi Samakuva que promoveu o político mais hediondo de Angola, o bacharel tirano psicopata ACJ “Bétinho”. O que fez Samakuva na sua vida para acabar com a beligerância subversiva e assumir-se como um senador pela identidade angolana?
Samakuva está a contas com a sua consciência, os pesadelos atormentam na hora do balanço, mas branquear a maldade, a partir de uma esplanada londrina enquanto muitas das crianças em Angola desesperam por um futuro risonho, é o caminho mais direto para inferno.
A democracia é expressão da vontade de um Povo, ela está legitimada até 2027 em todas as suas vertentes, há muito por fazer, mas o calendário, por muito que custe, está na mão de quem foi eleito.
Pela Nova República…!!!