Uma grande parte dos intelectuais angolanos têm uma mania, que é falar à toa sem saber o que dizem, nem estudar os assuntos sobre que falam. Dizem a primeira coisa que lhes vem à cabeça, que reflecte apenas os seus alinhamentos partidários ou quem lhes paga.
Durante muito tempo este falar á toa beneficiou aqueles que apoiavam José Eduardo dos Santos. Corrompidos e ansiosos de agradar para obter vantagens variadas, repetiam-se nas TVs, nas rádios e nos jornais a repetir notícias do paraíso que era Angola e a ridicularizar quem não concordava com eles. O tempo mudou, e muitos desses agora descobriram que afinal eram ferozes defensores dos direitos humanos, da democracia e do estado de direito.
Agora o falar à toa, tornou-se no desporto favorito para maldizer João Lourenço. Poem-lhes o microfone à frente e nem pensam, toca a dizer algo de mal sobre João Lourenço, sempre. Falam de casos judiciais que não conhecem, dizendo que não estão decididos, quando já estão, de economia, quando não sabem ler números, apoiam a China quando antes eram da América. O disparate abunda nas intervenções dos especialistas sobre Angola. O que conta é atacar o governo, porque aliás só têm espaço de antena se atacarem, caso contrário, são remetidos ao silêncio. Actualmente, não se consegue defender o governo em nenhuma estação privada, jornal privado ou agência internacional. Aí só entram os detractores.
Até certo ponto, embora desequilibrado, essa é uma manifestação da liberdade de expressão. Mesmo dizendo disparates ou errando, pode-se e deve-se falar.
Diferente, é quando se acusa o Presidente da República de cometer crimes. Foi nessa área que Marcolino Moco entrou na sua última entrevista. Disse que o Presidente da República o tinha tentado corromper. Acusou o Presidente da República de ser um corruptor. Ora estamos perante uma acusação grave. Moco afirmou que o Presidente da República tentou cometer um crime. Talvez seja tempo de estes personagens que falam à toa perceber que há limites na lei. E onde começa a acusação de crime, acaba a impunidade. Eu levaria o doutor Moco a Tribunal para explicar a acusação. Os faladores têm de perceber que a asneira não é livre.