Curta Metragem

ByKuma

26 de Outubro, 2023

O jornalista e cineasta franco/canadiano, que foi durante muitos anos líder da Associação França/Angola, financiada pela UNITA, amigo pessoal de Jonas Savimbi, visitante múltiplas vezes da Jamba e Andulo, realizou uma curta metragem cinematográfica rodada no Brasil, onde revela acontecimentos que assistiu e intermediou nas suas visitas a Angola.

O episódio mais significativo dos 30 minutos de filme, é a execução de Tito Chingunji e Wilson dos Santos. Antes da execução, Tito Chingunji informou a CIA que corria perigo, provavelmente já não sairia da Jamba, e pedia ajuda para salvar a esposa e a irmã, casada com Wilson dos Santos.

Encenação ou não, ele estava com Jonas Savimbi num hotel em Bruxelas, quando este recebeu a informação da morte de Tito Chingunji, execução liderada por Miguél N’Zau Puna e Abel Chivukuvuku, ambos ambicionavam ser vices de Jonas Savimbi em substituição de Jeremias Chitunda.

Também numa deslocação a Mavinga, com João Soares, Manuel Monteiro e Nogueira de Brito na caravana, assistiram a soldados cubanos a serem queimados vivos sob as ordens do general Black Powel, ou seja, João Baptista Chindande.

Igualmente, numa nota confidencial do subsecretário de estado para os assuntos africanos Chester Crocker, informou o Congresso que estava farto dos crimes de guerra cometidos pela UNITA, e que se tratava de uma organização anárquica sem fidelidade a ninguém, à semelhança de Mobutu Sesse Seko, eram casos perdidos.

O que espanta neste timing é o facto da curta metragem vir a público numa altura em que a UNITA está capturada pelo tirano psicopata ACJ “Bétinho”, coadjuvado por mercenários como Francisco Viana, Joaquim Ribeiro, Marcolino Moco, e Vítor Hugo Mendes, e num momento em que as divergências com Abel Chivukuvuku e outros proeminentes militantes está ao rubro.

Mas mais estranho ainda, é o facto de se realçar a estadia de Jonas Savimbi em Bruxelas durante a execução, não acredito, não acredito mesmo, que alguém o fizesse sem consentimento do líder, foi assim com Jorge Sangumba, Waldemar Chindondo, embora houvesse continuidade depois da sua morte.

Quando aqui defendo a implantação de uma Nova República, é para limpar a política nacional de protagonistas conotados com crimes de guerra, perdoar sim, esquecer nunca.

Pela Nova República, com novos amanhãs…!!!