Questiúnculas estéreis, intriga, culto de personalidade, negócios, esquemas familiares, uma panóplia de passatempos para esconder o alheamento do país, a ignorância das leis, e a incapacidade de uma maioria de deputados analfabetos funcionais.
Não pode em lugar nenhum do mundo um Poder Legislativo inoperante, sobrecarrega o Executivo, e a ausência de capacidade de fiscalização, cria impunidade no judiciário por falta de exigência.
O desenvolvimento sustentado e harmonioso do território, exige regras básicas que não existem, a guerra, a má governação de décadas de Independência até 2017, a corrupção e as oportunidades circunscritas a Luanda, deram origem a um fluxo demográfico insustentável, com vícios enraizados crónicos de difícil resolução.
Nenhum governo no mundo pode ter uma política de habitação social sem que se paguem mensalidades diferenciadas, mas que se paguem. É impossível manter um serviço básico como o abastecimento de água e energia sem que os consumidores paguem atempadamente os consumos.
Como manter estradas com manutenção assegurada, se o camião de 30 toneladas carrega 40? Como evitar centenas de mortes nas estradas a cada ano, se uma viatura de 7 lugares leva 15 pessoas?
Temos 220 deputados no Parlamento, são por excelência os fiscais com acesso ao país inteiro, mas metade deles preferem partilhar, mesmo às escondidas, as críticas e culpas ao Presidente da República.
A imposição de uma Nova República passa pela exigência, também, de uma renovação do Parlamento, impõe-se a exigência da meritocracia, só pode julgar quem tem capacidade para entender.
Luanda necessita urgentemente de deslocar para as províncias metade da sua população, não há centralidades que resistam, jamais haverá empregos para um equilíbrio social, a compra de prioridades é o primeiro alimento da corrupção.
A primeira batalha a ser ganha terá de ser a da produtividade, a diversidade gera equilíbrios, o primeiro grande desafio é a auto sustentabilidade, mas façamos um exercício de cidadania, e vejamos o que tem produzido o Parlamento Nacional, em que uma Maioria Absoluta não consegue clara e inequivocamente aprovar confiança no Senhor Presidente da República.
Por uma Nova República, onde a libertação dê lugar ao desenvolvimento…!!!