Não foi preciso muito tempo, demorou o tempo de uma caminhada, a certeza do abraço acolhedor do asilo dos proscritos, já estava oportunamente preparada há muito, e de sorriso estampado da missão cumprida, Valdir Cônego, o futuro deputado da UNITA, já tem ficha assegurada e apadrinhada pelo capataz de Luanda Adriano Sapñala, para continuar na senda desafiadora da dignidade do Presidente do MPLA.
Nem sequer guardaram o período de nojo, vale tudo, ausência total de ética e moral, mas o idiota que horas antes se humilhou a pedir perdão, trazia colado a si o diploma de artiolheiro contra o Senhor Prede relevo para sidente da República, exigência voar livremente nas asas do Galo Negro.
Diantes das repetidas narrativas desafiadoras da liderança do MPLA, e da postura permanente de afronta à disciplina partidária, Valdir Cônego tornou-se um lixo tóxico a exemplo de Raúl Dinis ou Marcolino Moco, acrescido de uma imbecilidade própria de um analfabetismo político funcional, e de uma nulidade intelectual atroz, sabia-se que não passava de pombo correio com destino traçado.
É espantoso o que a UNITA faz e aceita para pintar de democrático o andor do bacharel tirano psicopata intrujão ACJ “Betinho”, desde os escritos diários do mandante Lukamba “Miau” Gato, em parceria com o homem da inteligência Eugénio Manuvakola e do revisor Marcial Dachala, que com o poder fundamentalista e inquisitorial, conseguiram, também, levar para o matadouro político Rafael Massanga Savimbi, para retocar o embuste do XIV Congresso, e liquidar definitivamente a herança de Savimbi.
Jonas Savimbi tem todos os filhos, à excepção da Ginga, radicados na Europa, maioria em França, e Rafael Savimbi tem a sua vida estabelecida na cidade do Porto, em Portugal. O próprio Isaías Samakuva, líder da Fundação Jonas Savimbi, vive em Londres onde tem todos os filhos ali radicados e já com vida própria estabelecida.
A UNITA vai confirmar neste congresso, a pertença de um grupo de ativistas oriundos de uma oligarquia déspota familiar, onde pais, filhos, netos, afilhados, sobrinhos, primos e compadres, formam a Corte dos Ovimbundos. Há excepções, política e intelectualmente preparados, patriotas, mas esses estão silenciados, auto-excluídos do ruído vergonhoso, são uma reserva senatorial com quem o necessário Pacto de Cidadania pode e deve contar, porque cada vez mais, perante esta salada oportunista sedenta de Poder, sá há uma resposta por Angola e pelos angolanos, uma Nova Constituição e inevitavelmente, uma Nova República.

