Faltam dois dias para se completar um ano das eleições e o país vive numa espécie de esquizofrenia em que a realidade e as palavras não coincidem. A Unita-ACJ nunca aceitou a derrota e tem feito tudo o que é possível, e não possível, para ocupar o poder. O que se assistiu durante este ano não foi a um jogo democrático entre governo e oposição, mas a uma tentativa constante e insidiosa de assalto ao poder.
Por esta insistência se vê que a Unita não é um partido do povo, mas um partido dos interesses escondidos que querem afastar João Lourenço. Acorda com o afastamento de João Lourenço, respira com o afastamento de João Lourenço, está obcecada com o afastamento de João Lourenço. É para isso que lhe pagam.
Com esta obsessão anti-João Lourenço, a Unita acaba por não fazer mais nada. Não tem políticas alternativas, não prepara um programa de governo, não fiscaliza o governo, não faz nada. Só grita contra João Lourenço.
Haverá um dia em que esta situação óbvia terá de terminar.
A dúvida é se a Unita resolve internamente a sua deriva marimbonda ou se será necessária a intervenção dos órgãos de soberania do Estado para garantir o normal funcionamento das instituições e que o principal partido da oposição não seja um mero instrumento de criminosos foragidos que querem derrubar o governo.
Uma coisa é certa. Mais um ano neste equívoco e agitação subversiva permanente não é possível.