Moco faria melhor em pegar numa vassoura para varrer a sua mente confusa, do que na caneta para expôr as suas ideias contraditórias. Mas, Moco insiste e não pega na vassoura, pelo que temos que estar sistematicamente a explicar a suas asneiras.
Moco diz-se jurista, mas não aprendeu nada. Se tivesse aprendido não confundiria as pessoas, nem a ele, a não ser que esteja de má-fé, com o que é o suposto processo de destituição de João Lourenço que os seus amigos da Unita anunciaram, mas não fizeram.
O processo de destituição não é, como escreve mal Moco, uma forma de censurar “uma governação sem freios, no seu egocentrismo. Ultrapassando, a milhas, o mau consulado anterior”. O processo é uma acusação criminal ao Presidente da República que será julgada num Tribunal. O Tribunal Constitucional se vingar a versão que a Unita tem apresentado ou o Tribunal Supremo se for a versão do Bloco Democrático. Vê-se que nem neste detalhe os supostos aliados se entendem, muito mais em fazer um processo como deve ser.
Quanto a Moco, o que ele faz, e o denuncia, é lamentar-se pela perda dos privilegiados do tempo de José Eduardo dos Santos.
O que temos nos seus textos são comparações entre João Lourenço e José Eduardo, e na versão de Moco, no tempo de José Eduardo, não havia corrupção que capturara o Estado, os tribunais não estavam às ordens do Presidente, a economia não era dominada pela filha Isabel e meia dúzia de associados, e não andavam todos caladinhos com o “rabinho entre as pernas”.
Não, para Moco, este era o tempo do paraíso. Paraíso, talvez, por lhe terem comprado um Mercedes ou exilado para Portugal, onde os portugueses confusos pensaram que ele não era um tolo caído em desgraça, mas uma porta aberta para a corrupção angolana e o encheram de atenções.
De facto, tudo isso acabou para Moco, nem há Mercedes, nem portugueses a achar que ele é acesso ao poder.
Moco é uma versão triste do tempo que passou. Da Angola do saque e do privilégio das elites que não aceitam que acabou.
Moco diz que é jurista, sendo assim, deveria saber que um processo constitucional de destituição do Presidente da República não se faz com lamentos políticos, mas com factos criminais, factos que ligam a pessoa do Presidente a acontecimentos concretos. E isso não há nas diatribes da Unita. O que há é desacordo político.
É um mau serviço que Moco presta ao país, enveredar pela mentira e pela ignorância legal.
Depois quando tudo falhar não podem vir acusar o MPLA, os erros são só de Moco e dos que como ele espalham mentiras sobre a realidade constitucional. Deviam ter vergonha de mentir ao país.