Marrocos e Zâmbia fazem a sua estreia no Campeonato do Mundo Feminino da FIFA em 2023. A África do Sul tem de recuperar a face depois de uma disputa salarial e a Nigéria lidera mais uma vez o ataque do continente.

O torneio, organizado pela Austrália e pela Nova Zelândia, realiza-se pela primeira vez no hemisfério sul, de 20 de julho a 20 de agosto.

O torneio foi ampliado este ano, com 32 países disputando o troféu em vez de 24

Embora as quatro equipas africanas que se qualificaram não estejam entre as favoritas para erguer o troféu, há uma forte possibilidade de uma delas chegar à fase a eliminar. Todas elas têm potencial para agitar as coisas.

Zâmbia

A Zâmbia espera causar um grande impacto ao participar pela primeira vez neste torneio de elite. Nos Jogos Olímpicos de verão de Tóquio 2020, a equipa mostrou lampejos de brilhantismo que muitos esperam ver mais.

Os adversários da Zâmbia são o Japão, campeão do mundo em 2011, a Costa Rica e a Espanha.

Marrocos

A equipa nacional de Marrocos, as Leoas do Atlas, também fará a sua estreia. A equipa tem o peso de ser a primeira equipa feminina do mundo árabe a jogar no Campeonato do Mundo. Os países árabes, onde muitos são loucos pelo futebol masculino, não são conhecidos pela participação de mulheres em desportos colectivos.

Marrocos, vice-campeão da Taça das Nações Africanas de 2022, vai defrontar a Alemanha, a Colômbia e a Coreia do Sul.

África do Sul

A África do Sul tornou-se uma força poderosa no futebol feminino africano. A equipa venceu a Taça das Nações Africanas Femininas de 2022, o seu primeiro grande título. No entanto, a equipa vai para o Campeonato do Mundo sob uma nuvem, depois de se ter recusado a jogar o último jogo de preparação contra o Botsuana devido a uma disputa salarial. A equipa sul-africana e os seus dirigentes têm de resolver rapidamente as suas divergências para se concentrarem nos próximos jogos, que incluem a Suécia, a Argentina e a Itália.

Nigéria

A Nigéria participa no Campeonato do Mundo desde a sua edição inaugural, em 1991. Os seus melhores resultados foram o apuramento para os quartos de final em 1999 e a qualificação para a segunda fase em 2019. A equipa vai defrontar a anfitriã Austrália, bem como o Canadá e a estreante Irlanda.

Apesar das equipas africanas não estarem muito bem cotadas no ranking FIFA, existe uma forte esperança de que, com o novo torneio alargado, uma equipa africana possa estar à altura da ocasião e causar perturbações suficientes para chegar aos oitavos de final do torneio.