Para lá da idiossincrasia marxista a habitual presunção de superioridade, sempre corroeu a engrenagem da CPLP por parte do Brasil, agora em conluio com Portugal.
Portugal e Brasil só se lembram da solidariedade lusófona dos PALOP’s quando estão em causa votações internacionais, de resto até se constituem berços do ativismo arruaceiro contra os governos legítimos e democraticamente eleitos nas Nações irmãs.
Vive-se actualmente uma celeuma na perspetiva da visita de Lula da Silva a Portugal e na sua participação a sessão solene do 25 de Abril no Parlamento Português, e há razão para esse ruído, traz à tona uma arrogância inaceitável de exclusão dos restantes parceiros da CPLP.
Foi a guerra anticolonial o factor decisivo para o descontentamento que culminou na Revolução dos Cravos, o Brasil alinhava com o Portugal do Estado Novo, e foi após o Golpe do 25 de Abril o berço de todos os governantes exilados da ditadura portuguesa.
O Brasil de Lula da Silva é hoje claramente pró Putin, concorda com a agressão da Rússia à Ucrânia, é anti-NATO, anti União Europeia, e tem como principais parceiros na América Latina, Cuba, Venezuela e Nicarágua, um antagonismo total em relação a Portugal.
Muito mais haveria para dizer e muitas verdades que não podem ser ditas, mas não deixa de indignar que a comunhão marxista se sobreponha aos laços da lusofonia., num estágio em que se sabe que a CPLP não foi mais adiante por boicote do Brasil, que sempre se quis assumir mais igual entre iguais.
Ou será um agradecimento pela guarida que Lula da Silva dá no Brasil, a José Sócrates, foragido da justiça portuguesa por corrupção, compadrio, fraude, precisamente com aliança com o anterior governo do PT?
Já não há vergonha, de um lado e outro…!!!