Os abutres voam para onde está virado o vento, salvo se sobrevoam a putrefação nauseabunda de que se alimentam, perdem-se em desvario, trazem à tona agressividade quando não conseguem os seus intentos.
Os nossos abutres vivem alucinados, em permanente instabilidade, voam, correm, saltam, mas não conseguem desatar o nó que os amarra a um passado crónico que os torna prisioneiros do futuro.
Até 24 de Agosto já eram governo, tinham ganho as eleições, tinham o controlo dos votos, do escrutínio, e até já tinham governo formado. Foram inapelavelmente derrotados por uma maioria absoluta.
Correram de Ceca a Meca durante seis meses a dizer que tinham ganho e que havia fraude, julgaram, condenaram, insultaram, arrasaram a justiça que depois de triturada defendem-na porque não actua.
Encostados aos marimbondos, aos terroristas, aos sabotadores, aos saudosistas, procuraram em uníssono a instabilidade, o medo; tentam privar o país do investimento desenvolvimentista, e como a canalhada que brinca na rua, tentaram até agora explorar a benevolência e a postura democrática do Senhor Presidente da República, para o denegrir e fazer crer que o Povo e o MPLA não o querem, e que deve renunciar.
Só que agora chegou mais um tabu, e ontem mesmo a Urubu constitucionalista veio a terreiro dizer que a seita jamais alinhará numa Revisão da Constituição pelo facto da actual vedar a possibilidade de João Lourenço se recandidatar. Mas se o Presidente da República não é desejado pelo MPLA, pelo Povo, e até deveria renunciar, onde reside o medo que ele se apresente de novo a sufrágio? Quem é que levantou esta atoarda toda por não ter capacidade de cumprir as tarefas de Oposição construtiva?
Nunca Angola recebeu tantos ilustres governantes estrangeiros em tão curto espaço de tempo, nunca o nosso país gozou de tanto prestígio e confianças internacionais, nunca Angola foi aberta ao mundo para o investimento, basta olhar para a agenda internacional.
Lembram-se quando a Selecção de Angola jogava no CAN, José Eduardo dos Santos ficava fechado no Estádio numa redoma de vidro à prova de bala? Ontem mesmo João Lourenço, acompanhado da Primeira Dama, foi ao futebol em traje desportivo e assistiu na bancada. Quantos em África se podem dar a esse luxo?