Mentiras e numerologia: tudo pela simpatia do colonizador e dos cartéis

ByMário Soares

24 de Fevereiro, 2023

Primeiro baldou-se às celebrações dos 21 anos do falecimento do seu líder-fundador, da pedra basilar da rampa que o catapultou à ribalta num repugnante gesto de ingratidão, agora, brinda-nos com este disparate numérico em sede da Conferência da IDC em Lisboa.

Partidarismos à parte, não se lhe reconhece genialidade política nem se espera honestidade intelectual, mas tirar números da cartola para fazer a vontade aos patrocinadores portugueses é risível e reforça a tese da sua formação deficitária, Sr. Adalberto.

Hoje, em Lisboa, o esquivo líder da UNITA acusou o MPLA de despender mais de um BILHÃO de Dólares Americanos nas eleições, mas citou fontes vagas, tais como um alegado “RELATÓRIO DA SOCIEDADE CIVIL” cujo destinatário preferencial foi o seu partido e não à imprensa livre e independente conforme procedem as instituições idóneas como o Centro de Estudos da UCAN ou o da Universidade Lusíada de Angola.

A inconcebível matemática de ACJ não só atesta a tese sobre o falso título académico que ostenta, bem como a sua devoção à máquina de aniquilação moral que os portugueses e os cartéis colombianos vêm conduzindo contra os avanços inegáveis do Governo Angolano no campo da boa governação, transparência e mobilidade social dos seus cidadãos.

Todo trabalho científico, em abono da verdade e da honestidade intelectual, subordina-se à citação de fontes, porém a afirmação de ACJ num fórum internacional refere apenas “um relatório” sem critérios ou metodologias definidas. Mui credível, Só Engenheiro! Mui credível!

Aos disparates numéricos, arrolou a desbotada narrativa da fraude eleitoral, o que contrasta com um presidente que expulsa, desvirtua, corrompe e amordaça arbitrariamente os próprios correligionários, mas que se apresenta ao IDC como um democrata ferrenho e defensor da legalidade que viola corriqueiramente.

Ingenuidade seria esperar que quem não congregue internamente seja capaz de congregar uma nação cada vez mais engajada e participativa na vida política do próprio estado.

 MÁRIO SOARES – DE LISBOA PARA ANGOLA E O MUNDO