Convida-se o leitor a fazer um pequeno exercício mental. Imagine que está no tempo de José Eduardo dos Santos. Seria possível a campanha em curso contra os presidentes do Tribunal Supremo e de Contas? É evidente que não. Os porta-vozes, Gamas, Campos ou Marques já teriam sido presos e ameaçados com vários procedimentos criminais. Hoje escrevem, dizem, falam, muitas vezes sem qualquer coerência e nada lhes acontece. E a questão não é os presidentes serem culpados ou não dos factos. No passado, quantos não foram culpados de muito mais e só tiveram prémios?
A diferença é uma e tem um nome: João Lourenço. Com João Lourenço há uma abertura na liberdade de expressão como nunca houve em Angola. E é isso que permite estas campanhas. Mais nada.
Quanto aos factos em si mesmo, o Presidente da República fez o que se impunha como guardião da Constituição. Remeteu ao PGR. Daqui sairão consequências.
Quanto aos porta-vozes das campanhas têm de ter consciência, que se mentiram, serão punidos.
A liberdade de expressão tem como limite a lei e a verdade.
Quanto aos presidentes dos tribunais, a justiça e os órgãos adequados que ajam.
O importante é perceber as diferenças do passado e as exigências do presente.
A liberdade impõe a lei, sem isso é anarquia.