A dança dos idiotas

ByKuma

13 de Fevereiro, 2023

Hábitos ancestrais, uns herdados, outros assimilados, são velhos truques na UNITA que tão bem servem os intentos do tirano ACJ.

Prepara uma viagem ao Caxito e deixa os capatazes do medo nas grilhetas inquisidoras, foi assim ontem na avalanche sem vergonha nem escrúpulos que vai levar Nélito Ékukui à liderança da JURA, eliminando os demais candidatos com subterfúgios estatutários e até lançando para a fogueira a aliada pateta Ginga Savimbi, para dar aquele retoque final de exigência e legalidade.

Ainda a caminho do Bengo já soavam em Lisboa os tambores das multidões em uníssono a pedir ao ACJ eleições autárquicas quando afinal não passaram de repastos para mobilizar lutas próximas.

A mim chegaram-me palavras arrogantes e ameaçadoras, essa ideia de uma Nova República é uma subserviência aos desígnios de João Lourenço, que seria imediatamente aniquilado pela UNITA porque o MPLA não tem 2/3 no Parlamento.

Estas contradições insanáveis dos nefelibatas e néscios, cegam-nos e não lhes permite ver o país real, os Kwatchas esconderam-se num tempo e uma legitimidade que já lá vai, é este analfabetismo funcional político e intelectual que marginaliza a UNITA e a transforma num contentor de lixo.

O Presidente da República tem um peso e um Poder institucional que lhe confere instrumentos para enfrentar exceções que impeçam o normal funcionamento da República, como é o caso atual da Justiça de Angola, que entrou num labirinto de esquemas e perdeu-se sem retorno.

O Artigo 168 de Constituição dá Poder ao Presidente da República para referendar uma Nova Constituição, ou até Emendas à actual Carta Magna;

 “A Constituição prevê para determinadas entidades e as entidades estão mencionadas nos termos do artigo 168º da Constituição que estabelece que a iniciativa de referendo cabe ao Presidente da República, aos grupos parlamentares e a um quinto de deputados em efectividades de funções”.

Mais ainda, a maioria parlamentar do MPLA na Assembleia Nacional pode obstruir o funcionamento legislativo, repetindo falta de Quórum levando à queda do Parlamento.

Cabe à UNITA e aos seus dirigentes, com humildade reconhecerem-se na Oposição, porque falta muito pouco para que a própria evolução num todo leve ao seu epílogo.