Hábitos ancestrais, uns herdados, outros assimilados, são velhos truques na UNITA que tão bem servem os intentos do tirano ACJ.
Prepara uma viagem ao Caxito e deixa os capatazes do medo nas grilhetas inquisidoras, foi assim ontem na avalanche sem vergonha nem escrúpulos que vai levar Nélito Ékukui à liderança da JURA, eliminando os demais candidatos com subterfúgios estatutários e até lançando para a fogueira a aliada pateta Ginga Savimbi, para dar aquele retoque final de exigência e legalidade.
Ainda a caminho do Bengo já soavam em Lisboa os tambores das multidões em uníssono a pedir ao ACJ eleições autárquicas quando afinal não passaram de repastos para mobilizar lutas próximas.
A mim chegaram-me palavras arrogantes e ameaçadoras, essa ideia de uma Nova República é uma subserviência aos desígnios de João Lourenço, que seria imediatamente aniquilado pela UNITA porque o MPLA não tem 2/3 no Parlamento.
Estas contradições insanáveis dos nefelibatas e néscios, cegam-nos e não lhes permite ver o país real, os Kwatchas esconderam-se num tempo e uma legitimidade que já lá vai, é este analfabetismo funcional político e intelectual que marginaliza a UNITA e a transforma num contentor de lixo.
O Presidente da República tem um peso e um Poder institucional que lhe confere instrumentos para enfrentar exceções que impeçam o normal funcionamento da República, como é o caso atual da Justiça de Angola, que entrou num labirinto de esquemas e perdeu-se sem retorno.
O Artigo 168 de Constituição dá Poder ao Presidente da República para referendar uma Nova Constituição, ou até Emendas à actual Carta Magna;
“A Constituição prevê para determinadas entidades e as entidades estão mencionadas nos termos do artigo 168º da Constituição que estabelece que a iniciativa de referendo cabe ao Presidente da República, aos grupos parlamentares e a um quinto de deputados em efectividades de funções”.
Mais ainda, a maioria parlamentar do MPLA na Assembleia Nacional pode obstruir o funcionamento legislativo, repetindo falta de Quórum levando à queda do Parlamento.
Cabe à UNITA e aos seus dirigentes, com humildade reconhecerem-se na Oposição, porque falta muito pouco para que a própria evolução num todo leve ao seu epílogo.