É curioso que a entrevista do bacharel Adalberto teve pouco ou nenhum impacto.
A conversa justificativa sobre as eleições já não convence ninguém. A UNITA perdeu as eleições e o mundo andou para a frente.
Adalberto pela terceira ou quarta vez mudou de discurso, mas sem sucesso. Já disse que ganhou as eleições, já disse que houve empate técnico e já disse que não houve fraude (logo que perdeu…).
Quer isto significar que já disse tudo e o seu contrário. Neste contorcionismo oportunista perdeu toda a credibilidade e é evidente que já todos olham para o Nelinho como futuro líder.
Adalberto vai cair fruto das suas contradições. Quer-se maior contradição do que contestar as instituições (Assembleia Nacional e Tribunais, por exemplo) e nomear juízes do Tribunal Constitucional ou o segundo vice-presidente da Assembleia Nacional? Quem é e não é, acaba por não ser.
Contudo, estas contradições de Adalberto não devem fazer esquecer as suas afirmações de completo desrespeito pela Constituição e Lei vigentes.
Há um dever de defesa da legalidade democrática e esse dever cabe à PGR. A consequência só pode ser a investigação e criminalização das afirmações de Adalberto.